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Nesta quinta-feira (27/5), o Wall Street Journal divulgou que a Nike rompeu contrato com o jogador Neymar oito anos antes do término previsto. Isto porque o jogador não teria colaborado com as investigações sobre uma acusação de assédio sexual de uma funcionária da empresa contra ele. O ex-empresário de Neymar e amigo da família, Wagner Pedroso Ribeiro, o defendeu ao afirmar que a Nike teria armado o escândalo por não ter dinheiro para pagar o rompimento do contrato.
“A Nike não queria mais o Neymar. A Nike não tinha dinheiro para romper o contrato. A Nike pede para uma garota inventar o assédio sexual de Neymar. Depois de cinco anos, a Nike completa a estratégia e conta a história”, escreveu Wagner no Instagram. O empresário é uma das pessoas mais influentes do futebol brasileiro e atua na exportação de jogadores, entre eles Neymar, Kaká, Robinho, Lucas Moura, Lucas Lima, Gabigol e Vinícius Júnior.
De acordo com informações do Wall Street Journal, o caso de assédio sexual à funcionária da Nike teria ocorrido em 2016, e foi levado ao conhecimento da empresa em 2018, mas as investigações foram inconclusivas. A quebra do vínculo entre Neymar e a empresa ocorreu em agosto de 2020, sem que o motivo houvesse sido revelado até então.
A conselheira geral da Nike, Hilary Kane, afirmou durante entrevista ao Wall Street Journal que a empresa não discutiu o assunto publicamente antes porque “nenhum conjunto de fatos que emergiu permitiria falar substantivamente sobre o assunto”, e que “não seria apropriado para a Nike fazer uma declaração acusatória sem ser capaz de fornecer os fatos de apoio.”
Denúncia em 2016
A funcionária da Nike alega que Neymar teria tentado forçá-la a fazer sexo oral em seu quarto de hotel em Nova York, quando o craque estava na cidade para um evento da marca, em 2016. A assessoria de imprensa do jogador negou as acusações e informou em nota que “Neymar Jr. se defenderá contra esses ataques infundados caso alguma denúncia seja apresentada, o que não aconteceu até agora”.
“Fomos surpreendidos por algo que aconteceu em 2016, que ninguém lembrava mais desse fato. É muito estranho tudo isso agora. O Neymar nem conhece essa moça. Claro que isso partiu da Nike depois da nossa saída”, disse o pai do jogador à Folha de S. Paulo.
O primeiro contrato entre Nike e Neymar foi feito quando ele ainda tinha 13 anos e jogava nas categorias de base do Santos e foi encerrado após 15 anos de parceria.
Najila Trindade
Em 2019, Neymar já havia sido acusado de estupro por Nájila Trindade. Ela viajou para a França para conhecê-lo e disse que foi abusada durante o encontro. O jogador afirmou que a relação foi consensual e afirmou que Nájila tentou extorqui-lo. Ela foi investigada por calúnia, extorsão e fraude processual, mas todas as denúncias foram rejeitadas e ela foi absolvida.