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A situação do funk atualmente no Brasil está muito complicada. Nenhum ritmo sofreu tanto com a pandemia quanto funk. E isso é uma conjunção de fatores.
Vamos lá: o funk é o tipo de música que não dá pra se ouvir por muito tempo dentro de casa. Funk é da rua, é da noite, é da balada, não dá pra deixar nossa avó ouvir “Xereca de Mel” (acredite, isso é o título de uma canção – e pior – está estourada).
A queda do funk provocou um crescimento imediato do rap. Foi automático. O samba também cresceu com a pandemia. Samba dá pra dividir com a família. Já o funk… As letras pesadas assustam os mais conservadores.
Outra razão para o desastre das lives de funk é o poder aquisitivo de seu público. Celular é quase sempre pré-pago e gastar todos os créditos numa live é jogar dinheiro fora. Não dá.
Por isso, começam a surgir no Rio e em São Paulo pequenos bailes clandestinos. É um barzinho aqui, uma festinha ali.
A Coluna Leo Dias afirma com todas as letras que os bailes funk voltarão bem antes dos shows de sertanejos e forrozeiros. Até mesmo quem se arriscou a adaptar a letra de funk à pandemia está passando por maus bocados. Teve MC que fez funk até sobre máscara e trocou o baile pelo banheiro… Não rolou.
Até mesmo, digamos, a “proximidade” do funk com ilegalidade e por sobreviver longe das áreas mais vigiadas das cidades deixam bem claro que muito em breve não só existirão os “funks proibidões”, mas daqui a pouco já surgirá um “baile proibidão”.