Compartilhar notícia
São Paulo e Salvador já bateram o martelo e farão Carnaval unificado de 8 a 11 julho do ano que vem. Segundo o especialista em Carnaval Dam Menezes, as duas capitais agora esperam que o Rio de Janeiro também confirme a data.
No entanto, em reunião nesta segunda-feira (9/11), a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) não entrou em consenso e prefere esperar a chegada da vacina contra a Covid-19. Além da questão de saúde, outro fator aflige a direção do festa carioca: a falta de apoio político e financeiro.
“O material para confecção de fantasias vem da China. China não está exportando. O que tiver, vai estar muito mais caro e escasso. Então, as escolas teriam que reciclar material antigo. Um desfile de uma escola, por mais barato que seja, custa R$ 5 milhões. Digamos que tem R$ 1,5 milhão do governo e mais o valor da compra de direitos da Globo, o que daria ao todo pouco mais de dois milhões para cada escola. Não dá para fazer carnaval grandioso com isso. Outro problema é a venda de ingresso. Ninguém sabe se os expectadores, depois de uma crise financeira dessa, comprarão ingressos para assistir aos desfiles em julho e depois em fevereiro”, avaliou Dam.
Segundo Dam, a data de julho também não foi bem aceita na reunião da Liga. “Inicialmente a Liesa, inclusive, descartara essa data, hoje é uma opção. Não tem clima para isso. É uma época de frio e não terá Carnaval de rua, e aquele clima do país todo. As pessoas estarão no clima, talvez, só de Sapucaí. Tem muita questão técnica aí. Se colocarmos os pés no chão, vemos que não tem como ter Carnaval em 2021. Minha sugestão seria uma festa na Praça da Apoteose, com sambas antigos e nostálgicos, contando a história e relevância do samba enredo para a cultura do carioca e da cidade”, concluiu.