De Ivete a Maria Rita: as manifestações políticas no Rock in Rio
Em ano de eleições, alguns dos artistas fizeram questão de evidenciar suas posições
atualizado
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Ao longo dos dois finais de semana de Rock in Rio, vários dos artistas que se apresentaram aproveitaram o festival para se manifestar politicamente. Isso aconteceu de várias formas, desde sutis adoções de cores com significados a endossos de coros da plateia – alguns deles iniciados pelo público e outros que nasceram de forma nada despretensiosa, após o artista entrar em temas mais sensíveis, já esperando que a plateia “fizesse seu trabalho”.
Ivete Sangalo
Ivete Sangalo, que até então preferia evitar confrontos políticos, adotou um firme discurso sobre mudança, embora em um tom mais indireto. Primeiro, ela aproveitou a música Muito Obrigado Axé e se mostrou contra as armas, uma das pautas defendidas pelo presidente Jair Bolsonaro. “A gente não precisa de armas, a gente precisa de amor”, declarou a cantora.
Depois, entre uma música e outra, as declarações foram sobre liberdade: “Existem muitas famílias e elas são poderosas. São elas que fazem um país livre e fazem com que ele continue livre. Nada vai nos impedir de continuar sendo felizes. É um novo tempo que está chegando”.
Na sequência, enquanto cantava, soltou: “Dia 2 vamos mudar tudo”. Ao fundo, o telão deu espaço para a cor vermelha, o que foi visto por muitos como sugestivo.
Maria Rita
Coincidência ou não, Maria Rita apostou em um vestido vermelho para seu show no Palco Sunset. Ao fundo, no telão, a palavra Democracia. Durante a música Cara Valente, a cantora fez questão de destacar o trecho Ele Não é De Nada enquanto o público gritava Ele Não, em referência a Bolsonaro.
Dinho Ouro Preto
No Palco Mundo, Dinho Ouro Preto, à frente do Capital Inicial, defendeu a democracia antes de cantar Que País é Esse. “Viva a democracia brasileira! Não vai ter golpe!”, disse o cantor. “É preciso dizer que a ignorância e a violência não passarão”, acrescentou. Na sequência, a plateia puxou gritos contra Bolsonaro.
Os Gilsons
O trio José Gil, Francisco Gil e João Gil, respectivamente filho e netos de Gilberto Gil, viu a plateia puxar um coro com xingamentos a Jair Bolsonaro. Os músicos pegaram embalo na manifestação do público e puxaram um arranjo instrumental do jingle de campanha de Lula.
Gloria Groove
Ao final do show de Gloria Groove, logo após cantar Vermelho, gritos da plateia ecoaram com xingamentos a Jair Bolsonaro.
Mais
A banda brasileira Black Pantera abriu o Dia do Metal com protestos contra o racismo e o preconceito. No mesmo fim de semana, durante o show de Sepultura, e na apresentação de Emicida, foi possível ouvir o público pedindo Fora Bolsonaro.
A banda francesa de death metal Gojira saiu em defesa da Amazônia. A banda Living Colour dedicou o show à Marielle Franco, vereadora do PSOL do Rio de Janeiro assassinada com o seu motorista Anderson Gomes, em 2018. A turma do CPM 22 fez um discurso contra o armamento no Brasil.
A Ratos de Porão se apresentou com a bandeira do Movimento Sem Terra, MST, pendurada em uma caixa de som. O grupo ainda acompanhou com instrumentos manifestações do público contra Bolsonaro.
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