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Foram seis meses de confinamento, 11 paredões, ataques machistas e xenofóbicos dos outros participantes, a morte de um irmão e a paixão por uma mulher. Dayane Mello viveu a experiência no Grande Fratello VIP, a versão italiana do Big Brother, intensamente e conquistou a torcida dos brasileiros por isso. “Foi um semestre difícil, mas emocionante”, disse ela em conversa com a coluna.
“As pessoas sempre tinham algo a dizer sobre mim, por causa de quão sexy eu sou ou da forma como falo. Mas fui livre para ser quem eu sou, e me mostrei para o bem ou para o mal. Acho que as pessoas que me julgam são as que não foram capazes de compreender quem eu sou”, falou a modelo sobre os comentários sobre sua aparência e seu sotaque.
Dentro da casa do Big Brother italiano, Dayane recebeu a notícia da morte de seu irmão caçula, Lucas Mello, aos 26 anos, após um acidente de carro no dia 2 de fevereiro. Na época, ela já havia conquistado uma vaga na final do programa, mas pensou em desistir devido a tragédia. Porém, o sonho do irmão de vê-la campeã a fez ficar.
“Pensei em deixar a casa, mas teria sido inútil porque não teria podido ir ao Brasil para abraçar minha família. Falei com o meu irmão Juliano e ele também queria que eu ficasse em casa, por nós e pelo Lucas. Fui acolhida pelos outros participantes, que cuidaram de mim e fizeram eu me sentir mimada e rodeada de afeto”, comentou Dayane.
Uma das pessoas mais próximas à Dayane na casa foi a participante Rosalinda, a quem a modelo declarou sua paixão. “Eu não gosto de rótulos, nem sequer me reconheço como bissexual. Sou uma mulher que ama o amor e a beleza independentemente do sexo. Com Rosalinda havia amor e afeto. Ainda a amo, mas temos de seguir caminhos diferentes”.
Trajetória de vida
Outro fato que chamou a atenção dos fãs foi a trajetória de vida difícil de Dayane. A modelo contou no programa que a família era muito humilde e que houve vezes em que nem tinham o que comer. “Eu não tive uma infância tradicional. Quando era pequena, nós éramos muito pobres”, contou ela.
“As coisas melhoraram quando conheci o meu pai e fui viver com ele, Juliano e Lucas. Com a minha mãe a vida era mais difícil. Ela nunca estava em casa e eu tinha de tomar conta dos meus outros irmãos. Agora sou uma mãe diferente da que tive”, afirmou a modelo, que é mãe de Sofia, de 6 anos.
Mesmo de dentro do confinamento, Dayane sentiu o carinho da torcida brasileira. “Houve um momento em que achei que ia ganhar. Fui a primeira finalista e durante um mês pude viver a casa ao máximo sem medo de ser eliminada. Os fãs brasileiros me ajudaram muito, me enviaram aviões e fizeram eu me sentir em casa”, comemorou a modelo.
“Sou um espírito livre, por isso estar fechada na mesma casa durante meses com as mesmas pessoas não foi fácil. Sou uma amante da natureza e tive que me habituar. Mas fiz muitos amigos e tive sentimentos maravilhosos. Senti o afeto das pessoas que me amavam”, finalizou Dayane.