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Como já descreveu Caetano Veloso, o samba encarna em si o tal “grande poder transformador”, “filho da dor” e “pai do prazer” e Mart’nália assim o fez em seu novo disco, Sou Assim Até Mudar (Biscoito Fino). Sendo assim até mudar, o samba atravessou mais de um século de sofrimento e prazer pra chegar como chega aqui: carregado de Sapucaí e de baile black, de Copacabana e de Salvador, de doença e de vacina, de veneno e de sonho.
“Esse CD foi transformador da dor e tristeza para alegria. Eu pude ir para o estúdio com toda segurança, gravei as músicas que poderiam também alegrar meu público. O CD se chama Sou Assim Até Mudar. É o nome de uma música e letra de Tom Karabachian. Não tem Moska mas tem o filho dele! Tom, Tom! Daí fica tudo em família, né? (Risos) É bom família!”, revelou à coluna.
“Você entende que nunca é como era, a vida muda o tempo todo, a gente muda pra continuar o mesmo, ou não, você pode nunca mais ser o mesmo. E tudo bem. Não tem como ficar preso às coisas, às certezas”, completou.
O disco traz produção de Zé Ricardo, que assina também, ao lado de Mauricio Piassarollo, os arranjos do disco. Além das versões digitais o álbum terá, ainda, uma versão em CD (sim, aquele cdzinho de “antigamente”):
“Tem duas canções do Zé Ricardo, que produziu e me ajudou a misturar os ritmos e tudo o que eu queria falar. Tem muita mistura, como sempre! Tem Vila Isabel, Baile Charme, meu Rio de Janeiro… As coisas que eu vivo, convivo e dentro de casa penso. Ah, tem Salvador que, é uma cidade que me acolhe!”.
A transformação e superação também estão na base de Novo Normal, de Serginho Meriti e Xande de Pilares. O pagode trata diretamente deste momento de pandemia, com direito a citação a Gilberto Gil no fim: “Melhor andar com fé/ Que a fé não costuma faiá”.
“Tem música que fala da pandemia, mas fala desse momento de uma forma carioca, respeitosa e esperançosa”, afirmou.
“Espero que gostem e curtam dentro de casa! É um disco para dar alegria e esperar a vacina chegar.”