Confuso, Zig Zag Arena fracassa na tarefa de divertir o público
Aposta da Globo para as tardes de domingo, game tem excesso de regras e dificulta a vida dos espectadores
atualizado
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Anunciado como aposta da TV Globo para fazer frente ao crescimento do Passa ou Repassa, do SBT, o Zig Zag Arena não teve uma boa estreia. Apesar do cenário gigantesco, que transformou o estúdio num imenso videogame, o programa pecou pelo excesso de regras. Para quem estava no sofá, a sensação é a de que estar no estúdio deve ser muito mais interessante do que ver a competição pela televisão. Um erro grave para um programa de TV.
No comando da arena, Fernanda Gentil mostrou o carisma e a segurança de sempre. Merecia um programa que explorasse melhor seu talento, simpatia e habilidades. Em alguns momentos, sequer pareceu ser a titular do game show. No papel de narrador, Everaldo Marques se saiu bem, embora a empolgação transmitida por ele jamais tenha sido capaz de contagiar o espectador. Com tantas regras, “tags”, “cancelamentos” e afins, ficou difícil entender o que acontecia na tela. E mais difícil ainda torcer…
Hortência levou a sério o papel de comentarista, o que resultou até um tanto engraçado. Ver a ex-cestinha da seleção brasileira falar com tanta firmeza sobre um campeonato de pique-pega é inusitado. Marco Luque, também responsável pelos comentários, acrescentou pouco. E se a ideia era fazer graça, é preciso dizer que não deu certo.
Visualmente, o Zig Zag Arena impressiona. Construído num estúdio de 1.500m2, o cenário é cheio de luzes e detalhes impressionantes. Mas, por vezes, chega a dificultar que o telespectador perceba a ação que se desenrola na tela. Afinal, com tantos estímulos, para onde olhar?
No fim, a estreia deste domingo (03/10) deixou no ar a sensação de que nem sempre a sofisticação de uma produção tão grandiosa consegue atingir o objetivo de divertir a audiência. Coisa que o concorrente, Passa ou Repassa, consegue fazer há décadas com geleca e algumas dezenas de tortas na cara…