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Pode até parecer igualitário, mas o comentário que Eduardo Costa fez no post em que Taís Araújo pede mais protagonistas negros é, no mínimo, negacionista. Negar a existência do racismo na nossa sociedade é contribuir com a existência dele. Dizer que “queremos bons protagonistas” é chover no molhado, e completar com “independente da cor” é racista, sim! É um comentário maquiado de igualitário, mas não é.
A sociedade brasileira foi construída em cima de um sistema escravocrata. Mas, desde que houve a abolição, os negros nunca tiveram as mesmas oportunidades que os brancos. Então, agora, 133 anos depois, não é nada mais do que justo que todos tenham o mesmo espaço. O problema é que isso ainda é uma batalha dentro do mercado de trabalho, seja na mídia ou não.
O que uma parcela da população parece não entender é que dar mais espaço aos negros não significa tirar o lugar dos brancos. E exigir que eles tenham um tratamento igualitário não vai privilegiar alguém que seja menos capacitado para determinada função em detrimento de alguém melhor simplesmente pela cor da pele. Pensar assim é de uma tremenda ignorância.