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Claudia Raia está lançando seu primeiro livro de memórias, Sempre Raia Um Novo Dia, já que, segundo ela, ainda é “muito nova para ter uma biografia”.
Em conversa com a coluna, a atriz falou sobre algumas passagens da obra, como seus relacionamentos com Jô Soares, Alexandre Frota e Edson Celulari, e contou que o maior sonho é ser mãe novamente. Confira!
Porque resolveu fazer esse livro com histórias tão íntimas?
A ideia não foi minha. Na verdade, meu empresário, Marcus Montenegro, falou comigo sobre escrever um livro. Mas eu sou muito nova para ter uma biografia, né?! Ele falou que já tinha uma editora interessada e pensou comigo que poderia ser um livro contando histórias importantes, um livro de memórias. Adorei a ideia. Foi ele também quem me apresentou a Rosana Hermann, que escreveu o livro comigo. Eu queria que fosse uma mulher e de comédia, que não tivesse pudores ou receios com a imagem da diva, porque não levo isso a sério. Brinco com isso. E foi um encontro de almas, amor. Ela mergulhou dentro de mim. Nos tornamos melhores amigas!
Qual foi a melhor fase da sua vida?
Este momento que vivo hoje, sem dúvida. Estou na melhor fase da minha vida. A maturidade trouxe uma paz e uma tranquilidade muito grande minha com o meu passado, com a minha história. Estou em paz com ela e feliz por tudo, muito agradecida. Acho que isso ajudou na hora de escrever o livro. Com o tempo, aprendi a priorizar as coisas, costumo dizer que hoje vivo no modo econômico. Ainda quero realizar muitas coisas, tenho muita vontade de trabalhar, de ver meus sonhos construídos, e foco no que é importante para chegar lá.
E a pior?
Foi, sem dúvida, perder minha mãe, Odette Motta Raia. É uma saudade que nunca vou deixar de sentir. Minha mãe era e sempre vai ser tudo para mim. Minha grande mestra, encorajadora. Uma mulher empreendedora, que criou duas filhas, que abriu a gaiola e me deu asas para que eu voasse. No mesmo ano, ainda perdi meu amado Jorginho Fernando, um irmão que a vida me deu. Foi um baque para mim também.
Qual seu maior sonho profissional? E pessoal?
Meu maior sonho profissional hoje é voltar ao teatro. Quero muito fazer a turnê completa de Conserto para Dois no Brasil. Íamos fazer no primeiro semestre desse ano, depois da linda temporada que fizemos em Portugal. Mas com a pandemia, tivemos que adiar a temporada brasileira e ainda voltamos mais cedo de Portugal. Pessoal é ser mãe novamente. Tenho muito essa vontade. Ser mãe é o maior papel da minha vida!
Se sente realizada?
Sou muito realizada. Todos os dias que acordo, abro os olhos e agradeço a Deus por mais um dia de vida. Tenho uma carreira tão bonita, amigos queridos, uma família tão amorosa. E ainda tenho tanta coisa que quero fazer, tantos sonhos. Alguns que ainda nem sonhei, né, amor?! E justamente toda minha trajetória até aqui é o combustível para continuar seguindo em frente.
Qual seu maior medo?
Eu brinco que essa palavra não existe no meu dicionário (risos).
Tem algum arrependimento na vida?
Nenhum, porque sei que absolutamente tudo que aconteceu comigo serviu para que eu chegasse onde estou hoje. Por isso mesmo fico tão à vontade de contar minha história. Quando recebi tanto o livro de memórias, Sempre Raia Um Novo Dia, quanto a fotobiografia, Raia, nas minhas mãos, fiquei muito emocionada. É ter uma vida inteira na palma das mãos. Não tenho nem palavras para começar a descrever isso.
Você elogia muito o Jô, o Edson. Você fica muito amiga dos seus ex. Isso mostra o quão boa você é. Fale um pouco pra gente sobre isso?
Eles são pessoas muito especiais, que fizeram parte da minha vida. Jô foi meu primeiro grande amor. Com Edson, construí uma família linda, maravilhosa. Estaremos sempre conectados por causa de Enzo e Sophia. Foram relacionamentos que deram muito certo. Temos que parar com essa ideia de que, porque acabou, não valeu a pena. Foi eterno enquanto durou, foi bonito. Sei que não é todo mundo que consegue manter uma relação de amizade ou cordialidade com ex, e acho que se a pessoa não está pronta para isso, não deve se forçar. Cada pessoa é de um jeito. Para mim, funcionou assim.
Você tem algum contato com Alexandre ainda?
O que guarda de bom e de ruim de cada história de amor que viveu?
Vamos falar da parte boa? (risos) Porque acho que é a parte boa que fica com a gente. Jô me deu meu nome artístico, ele salvou a minha vida porque eu tinha uma pinta e ele me levou na dermatologista. E era um câncer de pele. Sem contar que ele é genial, comecei na TV com ele e aprendi muito. Edson me deixou do tamanho certo (risos). Eu era uma síntese dos anos 80, aquele exagero de mulher, começando pelo tamanho — sempre fui grandona (risos). Com o Edson, encontrei o meu tamanho. Sem contar a família que construímos. Enzo e Sophia são meus filhos amados.
Acha que o próximo marco importante da sua vida será ser vovó?
Acho que não (risos). Antes de ser avó, quero ser mãe novamente.
Que mensagem você quer deixar para seus fãs com esse livro?
Eu quero que as pessoas se divirtam e se inspirem a buscar seus sonhos, que acreditem em si e no coletivo! Se estou onde estou é porque sempre tive pessoas maravilhosas ao meu lado. Estamos passando por momento difíceis e que mostram o quanto é importante essa força coletiva, olhar para o lado e caminhar juntos.