Caso Virginia: médico explica sobre as fortes dores da influenciadora
Neurocirurgião Dr. Wanderley Cerqueira de Lima esclarece dúvidas sobre cefaleia refratária, a popular enxaqueca, e cefaleia tensional
atualizado
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Virginia Fonseca voltou a sentir fortes dores de cabeça. Em maio, durante a gestação da recém-nascida Maria Flor, a influenciadora já havia sido internada por cefaleia refratária, a popular enxaqueca. Ao final da gravidez, ela foi diagnosticada com cefaleia tensional. A situação volta a acontecer dez dias após dar à luz a segunda filha de seu relacionamento com Zé Felipe. “Sumida por motivos de: médico. Tentando resolver a dor de cabeça, torçam por mim”, pediu ela nas redes sociais. Em entrevista à coluna LeoDias, o Neurocirurgião Dr. Wanderley Cerqueira de Lima explicou a origem desses dois casos.
A cefaleia refratária é uma dor crônica, pois ela já está com essas dores há bastante tempo, e reincidente (vai e volta). Uma das teorias para essa dores são as oscilações hormonais. “Eu não sei explicar. É uma tensão que eu tenho aqui [mandíbula] devido à mordida. Fui lá no doutor, ele aproveitou para colocar um pouco de Botox para dar uma travada nos músculos para eu não ficar tensionando”, explicou ela numa recente publicação. “Mas assim já deu uma aliviada, graças a Deus, e eu estou muito feliz.”
Dr. Wanderley Cerqueira explica o que é a cefaleia refratária
“Trata de dores de cabeça comuns, porém constantes, que possuem um difícil tratamento e que não respondem a qualquer medicamento. Cefaleia refratária, como o nome fala, é aquela de difícil tratamento imediato, uma situação na qual você medica o paciente e ele sempre continua com aquela dor persistente.”
Como a influenciadora Virgínia esteve grávida, a dificuldade no tratamento é um pouco mais delicada pois, ela não pode ser submetida a qualquer tipo de medicação, uma vez que a condição merece cuidado extra. “Apesar de se tratar de dores constantes e com um difícil tratamento, a cefaleia refratária de Virginia não chega a ser perigosa e nem incomum. A condição dela não será perigosa desde que seja feito todos os exames necessários, e que não seja constatada nenhuma lesão estrutural, uma lesão no cérebro como um tumor, por exemplo”, explica o médico.
O que é a cefaleia tensional?
A cefaleia tensional é um tipo de dor de cabeça das mais frequentes. A dor é do tipo pressão, aperto ou peso, podendo causar um leve mal-estar, e que pode ser sanada com medicamentos, diferente da cefaleia refratária que normalmente não passa com o uso dos mesmos. A cefaleia tensional é bem diferente de a enxaqueca, por exemplo, apesar de provocarem dores na região da cabeça, elas se manifestam de formas diferentes.
A enxaqueca não é uma dor de cabeça comum, uma vez que a dor provocada por ela é mais intensa do que o normal, que se inicia em um dos lados da cabeça e vai aumentando aos poucos e são acompanhadas de náuseas e vômitos, e não pioram com atividade física, luz, sons ou odores.
Já a cefaleia tensional é considerada uma dor mais moderada, que não incapacita as pessoas de realizarem outras atividades.
Sintomas: dor em forma de pressão, como se você estivesse usando um capacete que pesa na sua cabeça; dor na nuca, ou que atinge a testa e as laterais da cabeça; sensibilidade demasiada no couro cabeludo, pescoço ou ombros. A cefaleia de tensional pode demorar cerca de 30 minutos, mas é recomendável a busca por tratamento médico se ela se tornar frequente
Causas: existem dois tipos de cefaleia tensional: a episódica e a crônica. A cefaleia episódica geralmente está associada ao estresse, insônia, jejum prolongado e também outros fatores como sinusite. Normalmente, ela apresenta dor de cabeça moderada e que pode ser sanada com medicamentos, relaxamento e descanso.
A cefaleia crônica pode se repetir diariamente, estando relacionada à musculatura contraída da região cervical e das têmporas. Mesmo parecendo um dor de cabeça sem importância, é acompanhamento médico de um neurologista pois somente ele poderá saber que se trata de uma cefaleia primária (onde a dor é o único sintoma) ou cefaleia secundária que pode estar associada a outras doenças como enxaqueca, aneurismas, tumor ou até mesmo um AVC.
Também é preciso tomar muito cuidado com a automedicação para não haver um exagero nos analgésicos, que em demasia, podem causar efeito rebote.
Diagnóstico e Tratamentos: O diagnóstico da cefaleia tensional é clínico, feito a partir da descrição dos sintomas com o histórico do paciente, e também pode haver a necessidade de exame neurológico que o médico solicitar se houver necessidade.
– Com informações do Dr. Wanderley Cerqueira de Lima-Neurocirurgião e Neurologista do Albert Einstein e Rede D’Or e Diretor do WCL Neurocirurgia
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