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Carnaval 2022 deve excluir o povo e virar festa extremamente elitizada

Até aqui, todas as opções para garantir a realização do evento garante a folia apenas para quem vai poder pagar por ela

atualizado

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Carnaval
1 de 1 Carnaval - Foto: Divulgação

Goste-se ou não de Carnaval, é impossível negar que a festa é um dos maiores símbolos da cultura popular brasileira. Seja nas quadras das escolas de samba do Rio de Janeiro, nos ensaios dos blocos afro e nas lavagens que tomam conta de Salvador no verão, atrás dos bonecos gigantes de Olinda ou no embalo do recordista Galo da Madrugada, no Recife, a folia traduz o que há de melhor no Brasil: a alegria do nosso povo. E é justamente ele, o povo, que corre o risco de ficar de fora dos quatro dias mais mágicos do ano em 2022.

Com a lentidão registrada na campanha de vacinação em muitas regiões do país, dezenas de municípios já cancelaram a festa. Em outros tantos, a busca é por alternativas para viabilizar o Carnaval, que também gera impactos significativos sobre a economia dos grandes destinos turísticos. Mas, até aqui, as soluções encontradas apontam para a elitização daquilo que o Brasil tem — ou já teve — de mais popular.

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PE - CARNAVAL/RECIFE/GALO - GERAL - Vista aérea do Galo da Madrugada que arrasta foliões da Ponte Duarte Coelho, pelas ruas     de Recife (PE), neste sábado.    10/02/2018 - Foto: ARNALDO CARVALHO/JC IMAGEM/ESTADÃO CONTEÚDO
Bloco do Cordão do Bola Preta arrostou milhares de foliões no Rio
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Sumaia Villela/Agência Brasil
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PE - CARNAVAL/RECIFE/GALO - GERAL - Vista aérea do Galo da Madrugada que arrasta foliões da Ponte Duarte Coelho, pelas ruas de Recife (PE), neste sábado. 10/02/2018 - Foto: ARNALDO CARVALHO/JC IMAGEM/ESTADÃO CONTEÚDO

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Bloco do Cordão do Bola Preta arrostou milhares de foliões no Rio

PAULO CARNEIRO/AM PRESS & IMAGES/ESTADÃO CONTEÚDO

Ninguém em sã consciência é capaz de defender a plenos pulmões o “liberou geral”. E obviamente não é a isso que se propõe esse texto. Estamos, ainda, no meio de uma pandemia. Mas fica aqui, sim, o convite a uma reflexão. Por que será que todas as alternativas para viabilizar a folia, até aqui, parecem apenas envolver a preocupação em garantir o direito de festejar aos que podem pagar por isso?

As festas particulares, que “obedecem todos os protocolos sanitários”, surgem como a única saída percebida pelos realizadores, ou, para adotar o jargão da moda, pelos principais players do Carnaval.

Eventos controlados, com público limitado, exigência de passaporte de vacina e, talvez, até mesmo de testagem devem ser a cara do Carnaval do ano que vem. Ruas lotadas de turistas atrás do Galo, em Pernambuco? Pipoca enlouquecida acompanhando o cortejo dos trios elétricos na Bahia? Esqueça! Ao que parece, 2022 não nos brindará com essas imagens.

 

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