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Na madrugada desta quarta-feira (30/9), após a formação da Roça e a indicação da peoa Raíssa Barbosa, com 6 votos, direto para a berlinda, a ex-vice Miss Bumbum viveu mais um momento de surto dentro do reality. Na ocasião, a modelo se irritou com Juliano Ceglia, Biel e Cartolouco, chamando-os de falsos e jogou creme hidratante nos peões. Veja:
Momento em que Raíssa joga creme em todos os meninos os chama de falsos! #AFazenda12 #afazenda #RocaAFazenda (via @vaidesmaiar) pic.twitter.com/kwpFhWIz2q
— LeoDias (@euleodias) September 30, 2020
A participante, que já declarou que lida com Transtorno de Personalidade Borderline, pode ter vivido outra crise dentro do reality rural. Para esclarecimento, a coluna conversou com a neuropsiquiatra Gesika Amorim. “O que a Raissa teve foi um surto e, provavelmente, outros podem vir com mais frequência. Lembrando ainda que o borderline é um padrão de comportamento rígido, inalterado, inflexível e marcante de agir, que de alguma forma pode causar sofrimento e prejuízo para terceiros ou para si”, comentou a especialista.
Ainda segundo a neuropsiquiatra, atitudes desse tipo, por parte da peoa, podem se repetir, já que pacientes com esse quadro não conseguem lidar com ambientes de pressão e, principalmente, com a rejeição.
“O pânico ou a raiva exagerada aparecem nessas pessoas quando acham que estão sendo abandonados ou negligenciados. Por exemplo: se alguém importante se atrasa ou cancela um compromisso, o paciente já constrói uma causa pessoal para o fato. Eles idealizam facilmente o cuidador ou amante no início do relacionamento, exigindo atenção exclusiva e integral. Mas, ao sentirem-se mal amados ou não correspondidos como idealizado, ficam desiludidos, se irritam ou desprezam a pessoa”, explicou.
“Haverá empatia e o cuidado com outra pessoa se acharem que essa pessoa estará disponível para eles sempre que necessário. As carências são repentinas. Apresentam muita dificuldade de controlar a raiva, tornando-se inadequados e muito irritados. Expressam a raiva com amargura, sarcasmo ou falação irritada, mas depois sentem vergonha e culpa”, completou.
O transtorno
De acordo com a médica, para o diagnóstico do Transtorno de Personalidade Borderline, os pacientes devem apresentar instabilidade persistente nos relacionamentos, na autoimagem e nas emoções (desequilíbrio emocional), bem como acentuada impulsividade.
Além disso, para eles, sua autoimagem ou senso de si mesmo é instável e eles fazem esforços desesperados para evitar o abandono, que por sua vez pode ser real ou imaginado. Seus relacionamentos são sempre muito intensos, instáveis e se alternam entre a idealização e a desvalorização do outro. Mas, apesar do comportamento de Raíssa, não se pode afirmar que os outros peões que ali convivem correm risco.
“Quanto a afirmar que as pessoas confinadas com ela correm risco, é difícil dizer, mas vale lembrar que as pessoas com Transtorno de Personalidade Borderline vivem no limite. Ela está sob pressão e não sabe lidar com isso. Então, as explosões tornam-se frequentes e imprevisíveis e, em um momento de fúria, ela pode agir de forma violenta, como agredir alguém, entre outras coisas” A doutora frisou ainda importância de se entender e ajudar pacientes que apresentam este quadro.