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O Globoplay lançou recentemente o documentário Doutor Castor, que conta a história de um dos maiores contraventores do jogo do bicho do Rio de Janeiro. Mas um detalhe ficou de fora da história contada. Era um maquiador da própria emissora que disfarçava o bicheiro quando ele queria sair de casa, mesmo estando em prisão domiciliar.
“O Castor era demais. Ele tinha que ficar em prisão domiciliar, mas saía com disfarce. Eu mandava o maquiador da TV Globo lá, o Eric, melhor maquiador da Globo. Ele colocava bigode, peruca. Mas quando ele tinha vontade de sair e o Eric não estava disponível, ele fazia sua própria maquiagem”, revelou Boni, que foi diretor da emissora durante 30 anos.
A conversa aconteceu no programa De Cara, em 4 de fevereiro de 2016, mas foi relembrada no Resenha Proibidona dessa sexta-feira (5/3) pelos apresentadores Leo Dias e Dedé Galvão, que comentaram que a Globo preferiu esconder esse fato curioso de sua história com Castor.
Boni ainda falou sobre outros momentos de Castor. “Uma dia, ele estava maquiado, achando que ninguém iria reconhecer, e entrou em um bar em Copacabana. Pediu dois lugares e o garçom respondeu: ‘Pois não, doutor Castor’”, contou ele, arrancando risadas dos apresentadores no estúdio.
“E ele foi preso maquiado. Ele foi em um salão de automóveis em São Paulo com um disfarce que ele mesmo fez. Ele estava passeando por lá e o prenderam”, citou Boni sobre uma passagem narrada no documentário. “Ele era um advogado brilhante. A oratória dele era incrível. Mas ele nunca exerceu a profissão porque o jogo do bicho vinha de família”.
“Mas ele era absolutamente contra qualquer coisa de droga. Então, ele tinha a preocupação de ser contraventor, cuja pena era a mesma de fumar no elevador. E não queria contato com os criminosos. Ele limpava toda a área para poder exercer o negócio dele. Mas ele era o ideólogo deste negócio sofisticado. Castor era fora de série”, comentou Boni.