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Um dos alvos do inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal para investigar a organização de atos antidemocráticos, o blogueiro Oswaldo Eustáquio negou em seu depoimento à Polícia Federal, o qual Metrópoles teve acesso, que tenha participado de manifestações com intenções extremistas e que tenha incentivado atos contra as instituições.
Mas uma parte da sua declaração chamou a atenção da Coluna que, apesar de defensora da tradicional família brasileira, não poderia deixar o registro jornalístico passar em branco, mesmo que o linguajar usado seja muito chulo.
O comunicador, que está preso por ordem do ministro Alexandre de Moraes, confirmou sua presença no protesto do dia 21 de junho, mas disse que esteve no evento para cobri-lo como jornalista. E que as palavras antidemocráticas foram ditas por pessoas infiltradas. Segundo o blogueiro, eram esses manifestantes que se referiram ao ministro como “cabeça de ovo”, “cabeça da minha piroca” e “advogado do PCC”.
Foram essas pessoas, de acordo com o depoimento de Eustáquio, que teriam forçado as grades para tentar furar o bloqueio policial em direção à Praça dos Três Poderes. E que ele teria ido até elas para solicitar que se afastassem da barreira.
Eustáquio foi preso em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, em 26 de junho. Os investigadores identificaram o risco do blogueiro fugir do país. No último dia 30, o ministro Alexandre de Moraes prorrogou por cinco dias a prisão temporária a pedido da PF, que quer mais tempo para investigações.