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O BBB21 estreou nessa segunda-feira (25/1) e o público já iniciou as apostas sobre quem amar ou odiar durante os próximos três meses de confinamento.
Entre anônimos e celebridades, os concorrentes ao prêmio de R$ 1,5 milhão terão de se despir da intimidade aos olhos do Grande Irmão. Mas será que tal exposição é benéfica? Sair do anonimato e tornar-se famoso da noite para o dia pode ser perigoso para os nomes do Pipoca? E as celebridades do Camarote possuem algo a perder?
Veja os participantes!
A coluna Leo Dias conversou com a psicóloga Alice Homsi. Além de atuar há mais de 25 anos com psicologia clínica, escolar e hospitalar, é uma grande fã do programa. Para ela, a perda da intimidade é um dos fatores que mais pode perturbar aqueles que não estão acostumados com os flashes.
“A fama é um complicador por si só. Como tudo na vida, há um lado positivo e um negativo. Posso dizer que o lado positivo é o reconhecimento de seu trabalho e a admiração que se recebe de quem o acompanha. A fama traz um conforto emocional para quem a vive. Ela traz uma sensação de nunca estar sozinho, o que é algo bastante perigoso também. O lado negativo é a invasão da privacidade. A partir do momento que se ganha a fama, você perde a intimidade e isso pode lhe atrapalhar e incomodar muito. Para saber viver com isso e conseguir ser gentil ao mesmo tempo é preciso ter muito jogo de cintura. As pessoas que não sabem lidar com a crítica e o julgamento sentem muito mais o peso. Sendo assim, esse é um grande problema para quem não está acostumado com isso”, disse ela.
Ainda segundo a profissional, é muito difícil que um anônimo tenha êxito se preparando previamente para esse “novo mundo” pós-participação em um reality show como o Big Brother Brasil. “Para o ser humano que não é famoso é algo complicado o preparo para uma exposição como a do BBB. Lidar com esse novo mundo não é tarefa fácil. Como é que nós nos preparamos para algo que não conhecemos? Creio que o aprendizado e o preparo venham com a vivência e o enfrentamento da tarefa que é ser uma estrela”, contou a psicóloga.
Anônimos vs Celebridades
Há, claro, diferenças na forma como anônimos e celebridades lidam com a fama. No caso do BBB, Alice conta que os novatos perante às câmeras são quem mais sentem o baque. “Obviamente a equipe Pipoca, composta pelas pessoas desconhecidas, que colocam a face para milhões de pessoas diariamente, estão muito mais expostos e serão muito mais afetados com tudo isso. Eles são mais vulneráveis. Já aqueles que possuem um tato com a câmera e a vida com julgamento sabem lidar com as críticas positivas ou negativas. É muito mais fácil você receber uma crítica de seu parceiro, marido, amigo ou vizinho do que aqueles que não sabem quem você é. Quem lhe assiste pela TV não sabe quais são os seus princípios e isso lhe afeta de forma muito mais forte. Então, com toda certeza, o grupo Pipoca sofre muito mais com isso”, concluiu.
A análise final da profissional sobre o assunto é que o acompanhamento psicológico se faz necessário não apenas para quem deseja se expor em atrações de confinamento como o BBB. “Todo ser humano precisa de um acompanhamento. A busca por um auxílio psicológico é para todos. Se você vai participar de um programa e possui dificuldades para lidar com a opinião alheia, é de extrema necessidade a ajuda de um profissional. É melhor que você tenha um atendimento psicológico antes mesmo de entrar e não esperar a participação para correr atrás do prejuízo”, finalizou.