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E o jogo virou. Antes, Big Brother Brasil era sinônimo de criador de subcelebridades. Boninho dizia que se cruzasse com um ex-participante na rua, atravessaria a calçada… ele mesmo tentou se desvincular do programa. Mas nada que uma “Fazenda” digital associada a uma pandemia para mudar tudo.
Agora, estar no BBB21 significa dar um upgrade na carreira estagnada. Sim, as celebridades selecionadas pertencem a dois segmentos: à bolha da internet (aquela que o telespectador médio desconhece) ou a artistas que já brilharam na TV, mas passaram pelo auge da carreira e precisam virar o jogo. É o tipo: agora ou nunca.
Nunca a direção da Globo disse tanto não — e não à gente graúda. Os anônimos foram 90 mil. Um recorde nesses 19 anos.
Sempre com a meta da inclusão, o BBB terá um bombeiro herói da tragedia de Brumadinho, influencer negra, teenager, ricaça loira, cantor/ator, gamer, professor de escola pública… A seleção não foi óbvia.
A transformação do BBB foi tamanha que acabou se refletindo até na concorrente A Fazenda, que melhorou significativamente o nível do seu elenco.
A Globo está ciente dessa mudança e vai saber tirar melhor proveito dos eliminados. Foi-se época que após deixar o confinamento, o eliminado brilhava no Faustão. Em plena escassez de atrações, tudo pode mudar.
Na ausência de tramas inéditas nas telenovelas, a expectativa é das maiores e, finalmente, a Globo deixou de ter vergonha de um de seus programas mais rentáveis.