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Carol Soares, Carol Agnelo e Suellem Morimoto passaram alguns anos de suas vidas trabalhando como bailarinas do Domingão do Faustão. As três, que foram dispensadas recentemente, garantem que voltariam ao palco do programa mesmo se não for para dançar semanalmente e que não guardam mágoas por terem sido mandadas embora.
Carol Agnelo, de 29 anos, trabalhou por nove anos dançando no programa, até que o triste dia chegou. “Fui demitida porque sempre tem renovação de bailarinas. Já estava há quase 10 anos. Mas não guardo mágoas. Vivi grandes momentos e sempre fui muito feliz ali dentro fazendo o que mais amo na vida, que é dançar”, disse à Coluna. A jovem negra, que hoje ganha a vida como professora de educação física conta que recebe carinho dos fãs até hoje, pedindo para que ela volte ao programa. “Claro que voltaria. Sou bailarina e amo o que faço. Ainda recebo muitas mensagens de pessoas que admiram meu trabalho e sentem minha falta no programa”, contou.
Carol Soares está com 36 anos e viveu nove no palco do programa, mas não ficou chateada em ser demitida. “Era algo que eu já queria, pois o programa tinha passado para São Paulo, e eu moro no Rio. Minha filha é bebê e eu ficava indo e vindo, gastando dinheiro com passagem e hospedagem, além de longe dela. Mas se o Domingão um dia voltar para os Estúdios Globo, quero retornar para o balé. Sinto muita falta. Só coleciono momentos maravilhosos que levarei pra sempre comigo. Ano passado voltei como jurada técnica da Dança dos Famosos e amei. Me senti super lisonjeada com o convite”, afirmou.
A bailarina agora virou empresária e tem uma empresa de turismo voltada para viagens à Disney. “Sou sócia de uma agência de viagens chamada One9trip, especializada em vender pacotes para os EUA, com foco em Orlando . Tudo o que precisarem para realizar o sonho de conhecer o Mickey e sua turma, nós temos. Sempre amei visitar Orlando. Já fui até agora 19 vezes para lá”, disse Carol Soares.
A ex-bailarina do Faustão afirma que dançar no programa gera muito interesse. “Uma vez bailarina do Faustão, para sempre Bailarina do Faustão. Todas as pessoas te associam e para sempre irão te associar. Fui fazer uma entrevista de emprego para o cargo de assistente de direção para um canal que vende produtos, e as duas pessoas que estavam me entrevistando começaram com aquelas perguntas clássicas até que chegou o momento em que perguntaram qual havia sido meu último emprego e eu disse: bailarina do Faustão! É incrível como todo mundo adora saber, né? E, então, veio a pergunta clássica que todos sempre fazem: O Faustão é legal?”, contou Carol Soares aos risos.
E afinal, Faustão é legal? “Claro! É uma das pessoas mais incríveis que conheço. Ele sempre dá muita oportunidade para todo mundo. Lembro que no dia em que tivemos o musical do Harmonia do Samba. Sempre fui apaixonada por eles e sabia todas as coreografias. Então, me deram a oportunidade de puxar um musical (puxar quer dizer que todas seguem uma líder) e recebi um dos maiores elogios, ao vivo, que o Faustão já me fez. Desde então, Fausto começou a me notar mais e ganhei um destaque maior dentro do programa. Sou muito grata a ele e eterna fã”, afirmou Carol Soares.
Suellem Morimoto tem 32 anos e passou seis na Globo. Ela conta que já esperava a demissão, mas que não voltaria a dançar semanalmente. “Já esperava ser demitida por conta da idade. Com 30 anos, a galera começa a se preparar. Aí vai da análise deles, quem vai, quem fica mais um pouco. Eu voltaria, mas só como fiz algumas vezes, dançando em algum quadro ou sendo jurada do Dança dos Famosos. Não retornaria como bailarina do Faustão, porque te prende muito em relação a trabalhos que necessitam de viagens longas”, disse.
A jovem segue vivendo da dança e fazendo publiposts. “O valor de publipost não foi alterado, porque creio que não é o fato de ser bailarina do Faustão que agrada uma empresa, mas sim a quantidade de seguidores e o perfil. Continuo trabalhando com a dança, que é a minha área de formação. Fui morar no Egito dois meses depois da demissão e iria voltar para os países árabes se não fosse a pandemia. Mas quando estou no Brasil, trabalho como professora de dança na parte de formação profissional de danças árabes e ministro workshops. Também faço gravações de clipes, shows, DVDs e alguns trabalhos em outras emissoras com dança, mas tudo freelancer”, explicou.
Além das amizades que fez, Suellem diz que leva a lição de aproveitar até as portas que se fecham. “A vida é feita de oportunidades únicas e passageiras, e você tem que aproveitar cada momento especial, porque, depois, a porta se fecha e abre uma nova, que vai te desafiar mais ainda. Sou mais grata do que tenho que reclamar. Lá fiz grandes amizades. Vou até ser madrinha de casamento da Ivi Pizzotti, uma das minhas melhores amigas. Tenho muita amizade também com a produção, as figurinistas, as camareiras, a segurança, os câmeras e a direção”, afirmou.
Com reportagem de Monique Arruda
