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Longa da TV e da mídia, Evandro Santo, conhecido pelo personagem Christian Pior, do extinto Pânico na TV, da Band, usou as redes sociais, nessa quinta-feira (24/6), para revelar a luta que trava contra as drogas. Diretamente da clínica Amoreira, na cidade de Itapecerica da Serra, São Paulo, o humorista de 46 anos contou que passa pela quinta internação.
“Assumindo o BO. Saindo do armário do meu problemas com drogas. Que este vídeo te ajude a também a lidar com os seus problemas ou sua saúde mental. É preciso coragem para pedir ajuda, é preciso ser humilde, é preciso quebrar o véu da ignorância que nos cercam. Ser um adicto não é o fim…pode ser o começo de uma vida nova. Limpo só por hoje, Evandro Santo”, escreveu na legenda do vídeo publicado na rede social.
“Sou um adicto em recuperação. A adicção é uma doença que pode surgir com compulsões e pode evoluir através de sexo, comida, drogas. No meu caso são as drogas. Sinto muito informar a vocês, mas essa doença não escolhe nível intelectual, não escolhe nível social, não escolhe se (você) é bonito ou se é feio. É uma doença, ela está espalhada em todas as classes sociais”, ressaltou Evandro.
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O humorista ainda lembrou da adolescência: “Foi tranquila, na verdade. Eu estava mais interessado em fazer balé, fazer teatro, pagar minhas contas. Eu já era gay, filho de mãe solteira, mexer com drogas não estava nos meus planos, eu sabia que isso poderia me derrubar a caminho da minha sobrevivência. Não fumei maconha, não bebi, não cheirei, não usei loló. Todas as minhas loucuras fiz de cara limpa”.
Ecstasy e ketamina
Aos 25 anos, Evandro bebeu pela primeira vez e depois, aos 29, experimentou o ecstasy. “Parecia tão moderno, tão crível, reluzente, ele estava andando com os caras mais bacanas da balada. Eu pedi, falei: ‘Eu quero tomar’. Depois tomei o primeiro ecstasy e foi aquela maravilha. A gente vai falar que é ruim? Não, a gente não pode mentir. É bom, no começo é muito bom”, confessou.
Depois veio a ketamina (substância usada como anestésico geral em humanos e animais, de uso ilegal), segundo relato do humorista. “Só que fui ficando mais velho e não dei conta de algumas demandas da vida emocional e comecei a usar, tive um uso muito pesado de 2014 a 2020… Foi nesta quinta internação que consegui finalmente falar: ‘Sim, sou doente. Sim, preciso de ajuda”. Foi a primeira vez que me internei voluntariamente, com vontade, e acho que fez toda a diferença”, disse Evandro.
Nos Stories, ele explicou que, por conta da internação, usa a internet por tempo determinado, como todos os pacientes da clínica, e agradeceu o apoio dos fãs. “Sempre estou usando a internet das seis às sete e meia (da noite) porque estou numa internação. Não posso abusar porque sou paciente igual aos outros. Estou muito feliz. E feliz com os comentários. Vou responder, mas não prometo que vou responder tudo porque tenho um monte de função, tenho atividades aqui, um monte de coisas para fazer”, contou.