Após R$ 90 bi em prejuízos, eventos marcam retomada. Saiba detalhes
A Coluna LeoDias preparou uma série de reportagens especiais na qual conversou com os maiores profissionais de eventos do país
atualizado
Compartilhar notícia
Prestes a completar dois anos de paralisação por conta da pandemia ocasionada pela Covid-19, pode-se dizer que o setor de eventos finalmente voltou a respirar. A grande retomada era esperada ansiosamente por produtores, contratantes e artistas após um longo período de incertezas e recolhimento. Chegada a hora de aquecer novamente, a Coluna LeoDias preparou uma série de reportagens especiais, na qual conversou com os maiores profissionais de eventos do país, que dividiram as suas expectativas e as grandes novidades que o público pode esperar para a volta dos shows.
Para dar conta de todas as novidades, a coluna procurou quem entende do assunto para revelar quais são as expectativas para a volta dos eventos e dividir o que as mentes criativas por trás dos espetáculos que acompanhamos estão idealizando. Inovação, certamente é a palavra da vez.
“Acreditamos em uma forte retomada do setor de eventos e marketing. As empresas estão com capital de marketing parado esperando a oportunidade propícia de voltar à ativa e o consumidor, graças à vacina, aos poucos está voltando a frequentar lugares públicos. Isso nos faz acreditar que os próximos anos serão bastante favoráveis para o setor de eventos”, comenta Felipe Ramalho, sócio-fundador e diretor criativo da agência Lord.
“O mercado se modificou, durante esse período. Acreditamos que houve uma atualização forçada dos players para se manterem saudáveis, nesse mercado instável. Novas frentes estratégicas de negócios foram criadas, as negociações com artistas sofreram mudanças, o mercado digital cresceu largamente e o segmento precisou se adequar à nova realidade.
O público está sedento por consumir entretenimento e reunir-se com os amigos. Durante a pandemia estruturamos ainda mais a empresa para esse momento de retomada, de forma a entregar mais valor aos nossos consumidores e clientes com experiências marcantes, convivência e diversidade, mas em formatos que gerem força ao setor”, completa Luiz Restiffe, sócio diretor da Agência InHaus.
Emprego e turismo
Quando se fala sobre o segmento de eventos é preciso enfatizar que esse nicho, além de promover entretenimento por meio da arte, é responsável por empregar direta e indiretamente 25 milhões de pessoas, segundo dados do setor de turismo. Isso, em números, significa uma movimentação na economia de R$ 936 bilhões, sem contar que ainda estimula o turismo.
Binho Ulm, da 2GB Entretenimento, que comanda grandes projetos como o Camarote Skol no Carnaval de Salvador, afirma que a projeção de faturamento médio previsto é de R$ 5 a R$ 6 milhões.
“Sem dúvida, a demanda reprimida será um combustível extra para a retomada do segmento. Tivemos o pior momento de nossa empresa durante esses 18 meses sem atividade, fomos obrigados a fechar nosso escritório, demitir funcionários e enxugar todo custo operacional. O pensamento agora é renascer, trabalhar e voltar a oferecer eventos ao público com qualidade, responsabilidade e segurança”, afirma
É por isso que esta primeira fase da retomada de shows gera alta expectativa, pois será o termômetro do que certamente pode-se esperar para 2022 e até mesmo para as festas de final de ano, que têm sido confirmadas ao redor do país. Com o reaquecimento, o setor está mais disposto do que nunca a recuperar o prejuízo de R$ 90 bilhões e os mais de 450 mil trabalhadores que ficaram desempregados durante a paralisação, de acordo com dados fornecidos pela Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape) no início deste ano.
“Aqui na Lorde, nossa meta estabelecida é de faturamento acima de R$ 45 milhões nos próximos dois anos, realizando mais de 25 grandes eventos, reunindo mais de 35 mil pessoas e ativando mais de 40 marcas ao longo desse processo”, prevê Ramalho.
Além disso, não tem nada mais emocionante e importante para um cantor ou DJ do que a sensação de subir em um palco e sentir a energia de quem curte cada letra de suas músicas. Quem disse isso não foi a coluna, mas os diversos artistas que compartilharam suas experiências com a retomada dos shows presenciais. Alguns desses relatos você confere a seguir.
A retomada dos shows
A coluna conversou, com exclusividade, com Gabi Martins e a dupla sertaneja Israel e Rodolffo, para entender com mais profundidade suas experiências pessoais no assunto. Apesar de terem se reinventado por meio de participação em lives, reality shows, aparições em redes sociais e apostado em estratégias midiáticas, todos compartilham da saudade do palco.
“A sensação de estar de volta aos palcos, para a gente, que já tinha uma rotina há anos e tivemos que parar por um período relativamente bem grande, é o ápice. É a nossa vida, profissão, o que amamos fazer. Fazemos com prazer, apesar de todo o cansaço e logística, que é complicado para se cumprir, mas estamos super felizes e satisfeitos, com sangue nos olhos para aproveitar todas as oportunidades que estão batendo na nossa porta”, comenta Rodolffo, dupla com Israel.
O relatório do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), divulgou em setembro dados de comparação entre a quantidade de apresentações e shows registrados entre 2019, 2020 e 2021. A análise mostra um cenário artístico difícil, em que houve uma queda superior a 80%, em comparação a 2019, ano com 83 mil espetáculos inscritos, do número de shows oferecidos por cantores e DJs reconhecidos nas grandes plataformas de streaming.
“Em 2022, nós vamos realizar o sonho que é estar em alguns eventos, alguns festivais, algumas festas específicas. [Eventos] que chamam atenção do país inteiro e que a gente sempre sonhou em estar”, finaliza Gabi Martins.
Para ficar por dentro de tudo sobre o universo dos famosos e do entretenimento siga @leodias no Instagram.
Agora também estamos no Telegram! Clique aqui e receba todas as notícias e conteúdos exclusivos em primeira mão.