Após perder relevância, Prêmio Multishow quer corrigir erro do passado
29ª edição será mais conectada com a realidade musical dos brasileiros
atualizado
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Ao longo desta segunda-feira (29/8) conhecemos parte dos indicados nas mais diversas categorias da 29ª edição do Prêmio Multishow. E para a surpresa de muita gente, mas principalmente para os próprios artistas listados, para a indústria e também este colunista que no ano passado expôs o quanto o evento estava defasado, uma reviravolta em pontos importantes pode ser observada: a clara ideia de corrigir os graves erros cometidos no passado.
Em 2021 o canal apresentou a mais insana e desastrosa edição de sua história, atribuída por Didi Wagner e Laura Vicente (apresentadoras) como “fantástico mundo da música”. Entretanto, o que vimos foi a mais completa desconexão da realidade musical dos brasileiros.
Nem mesmo as grandes performances de Iza, Emicida e Ferrugem foram capazes de salvar a premiação de um vexame diante do público e do mercado. Uma edição que foi salva apenas pela excelência de Tatá Werneck na apresentação. Do outro lado da história, empresários e artistas, é claro, se indignaram com o que foi realizado.
Nomes de grande expressividade do cenário atual foram sumamente ignorados pela premiação ao tempo em que outros consagrados, mas sem trabalhos em destaque nas paradas, predominaram de forma injusta.
A questão da diversidade foi bastante sintetizada ao longo da celebração, o que não fez o menor sentido, pois duas das maiores potências do gênero LGBTQIA+, Pabllo Vittar ou Glória Groove ficaram de fora.
Neste ano, além delas, Liniker, Urias e Jão estão entre os indicados. Em outro nicho, João Gomes, L7nnon, Filipe Ret e os sertanejos Ana Castela, Diego e Victor Hugo, Maiara e Maraisa e Matheus & Kauan ocupam merecido espaço.
O que se espera do Prêmio Multishow daqui em diante, é que sua realização deixe de ser baseada numa visão restrita à cabeças antigas e passe olhar muito mais para o presente, para o que realmente as pessoas estão ouvindo nas ruas, nas baladas, nos streamings, e que em especial passe a valorizar os talentos do Brasil, que não apenas os que já não precisam provar mais nada a ninguém. O Brasil é plural e os novos talentos é que verdadeiramente estão na boca do povo.
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