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Resolvemos fazer uma série de entrevistas com pessoas públicas para que elas se posicionem em relação às questões políticas. Quem abre essa série é Antonia Fontenelle.
A atriz e apresentadora é muito ativa em suas redes sociais, e sempre tem opiniões sobre o que acontece em Brasília e nos governos pelo Brasil. Defensora com unhas e dentes do governo Bolsonaro, Antonia deixa claro que acredita e torce muito pelo presidente, mas que está longe de ser um “gado”, expressão usada para denominar os eleitores de Jair Bolsonaro considerados “cegos”.
“Ser gado de alguém é coisa de gente fraca e acéfala, [então] não preciso dizer que esse não é o meu caso? Já discordei dele várias vezes, democracia é isso. Eu o defendo porque ainda não me apontaram uma alternativa melhor, e acho que vai demorar a ter. O presidente é um cara que se preocupa com o povo, e não tem histórico de roubalheira. Resumindo, é o melhor que nós temos. Mas meu ativismo não é pró-Bolsonaro, é pró-Brasil. Assim como eu respeito quem pensa o contrário, peço respeito pela minha posição. Na verdade eu nunca me interessei por política até eu ter meu segundo filho e esse interesse foi reforçado com o nascimento da minha neta”, disse.
Essa assiduidade de Antonia nas redes sociais falando sobre política faz muita gente pensar que ela pode se candidatar a algum cargo qualquer dia. E, apesar de não querer, Antonia admite que, provavelmente, será um caminho a ser seguido.
“Não tenho vontade, mas acho que vai acabar sendo uma necessidade, no sentido de que só vou conseguir ajudar muita gente entrando pra política, mas isso não será de imediato, ainda preciso pensar muito bem a respeito.”
A Secretaria de Cultura, cargo ocupado, recentemente, por poucos meses, por Regina Duarte, não seria uma opção. “Já disse que não me sinto apta pra assumir uma pasta técnica e urgente como a Secretaria de Cultura. Assim como me posicionei quando Regina assumiu. Acho que ela não precisava ter esse histórico em seu currículo, foi traída pela vaidade”, avaliou.
Quando perguntada se ganhou ou perdeu seguidores por defender o governo Bolsonaro, a apresentadora deixou claro que não se importa e critica outros artistas: “Não vivo em função de seguidores e caguei pra opinião dos artistas. Muitos são pedantes, muitos são inseguros, muitos são vendidos, muitos se alimentam do vício de viver em panelinhas, e os poucos que se salvam são meus brothers”.
Antonia Fontenelle se decepcionou bastante com a forma como Sergio Moro saiu do governo e não acredita que ele tenha mais espaço na política: “Moro não deu tiro no pé, Moro deu tiro na testa, se ele se candidatar a síndico de prédio pode até ser que ganhe, dependendo do prédio obviamente”.
A apresentadora também faz críticas à imprensa e à oposição e frisa que acredita e quer a reeleição de Bolsonaro em 2022: “Minha avaliação diz que se a oposição e a imprensa dessem uma folga para o presidente, ele já teria realizado mais. Essa gente não dá trégua de um minuto sequer, é um inferno diário, e por diversas vezes eles deram tiro no pé e beneficiaram o presidente de alguma forma. O maior exemplo foi Celso de Melo ter autorizado o vídeo da reunião ministerial, só favoreceu o presidente. Gol contra eles, graças a Deus. Por enquanto, não enxergo nenhum candidato para bater de frente com Bolsonaro em 2022, certamente vão fabricar algum, mas vai ter que lutar. Hoje eu acredito na reeleição dele”.
Reportagem de Monique Arruda.