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Ameaças, cartas e telefonemas: entenda a morte de Ilana Kalil

Nutricionista foi encontrada sem vida em sua casa, em São Paulo, na madrugada da última segunda-feira (14/3)

atualizado

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Ilana e Renato Kalil
1 de 1 Ilana e Renato Kalil - Foto: Reprodução

Na madrugada da última segunda-feira (14/3), a nutricionista Ilana Kalil foi encontrada morta em sua casa, em São Paulo. A morte da esposa do ginecologista Renato Kalil está sendo investigada como suicídio. Entenda todo o caso. 

Segundo fontes ouvidas pelo Metrópoles, a nutricionista e instrumentadora cirúrgica já vinha apresentando sinais de depressão, mas tudo teria se intensificado quando a família passou a receber ameaças na web, após Renato ser acusado de violência obstétrica e abuso sexual. 

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Renato e Ilana Kalil
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Médico Renato Kalil, obstetra acusado de abuso sexual e obstétrico
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Médico Renato Kalil, obstetra acusado de abuso sexual e obstétrico

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Os ataques recebidos pela família teriam impactado gravemente a saúde mental de Ilana, que defendeu o marido na época das acusações. Ainda segundo as fontes ouvidas pelo Metrópoles, a nutricionista teria escrito uma mensagem a suas filhas. Além disso, ela também telefonou para o marido, que também estava em casa, mas em outro local. Após falar com ele, Ilana teria, segundo a hipótese principal do caso, atirado em si mesma na cabeça. 

Horas antes de morrer, a nutricionista publicou um Story do Instagram onde afirmou que foi censurada. “Fui censurada de novo. E lá vai… Quem viu, viu. Quem não viu, não vai ver mais. E viva a ditadura”, escreveu. O contexto da publicação, no entanto, não foi esclarecido. 

A Polícia de São Paulo investiga o caso, que, segundo a Secretaria de Segurança Pública do estado, terá os detalhes preservados.

Busque ajuda

O Metrópoles tem a política de publicar informações sobre casos de suicídio ou tentativas que ocorrem em locais públicos ou causam mobilização social. Isso porque é um tema debatido com muito cuidado pelas pessoas em geral. O silêncio, porém, camufla outro problema: a falta de conhecimento sobre o que, de fato, leva essas pessoas a se matarem.

Depressão, esquizofrenia e o uso de drogas ilícitas são os principais males identificados pelos médicos em um potencial suicida. Problemas que poderiam ser tratados e evitados em 90% dos casos, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria.

Está passando por um período difícil? O Centro de Valorização da Vida (CVV) pode te ajudar. A organização atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e Skype 24 horas todos os dias.

Arte/Metrópoles

O Núcleo de Saúde Mental (Nusam) do Samu também é responsável por atender demandas relacionadas a transtornos psicológicos. O Núcleo atua tanto de forma presencial, atendendo em ambulância, como a distância, por telefone, na Central de Regulação Médica 192.

Disque 188

A cada mês, em média, mil pessoas procuram ajuda no Centro de Valorização da Vida (CVV). São 33 casos por dia, ou mais de um por hora. Se não for tratada, a depressão pode levar a atitudes extremas.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada dia, 32 pessoas cometem suicídio no Brasil. Hoje, o CVV é um dos poucos serviços em Brasília em que se pode encontrar ajuda de graça. Cerca de 50 voluntários atendem 24 horas por dia a quem precisa.

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