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O Brasil perdeu nesta segunda-feira (2/8) a maior promoter do país, Alicinha Cavalcanti, aos 58 anos. Muito querida por centenas de famosos, a moça de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, começou a carreira em 1983, aos 20 anos, no Gallery, apadrinhada pelo proprietário da casa, José Victor Oliva. Foram mais de 30 anos organizando eventos e as listas de convidados VIPs das festas mais badaladas do eixo Rio-São Paulo; mais de 20, só no camarote da Brahma na Sapucaí; e foi ela quem convidou os torcedores para assistir de pertinho aos jogos da Copa do Mundo de 2014, no Brasil.
Em entrevista à Folha de São Paulo, em 2006, ela chegou a comentar que possuía uma lista de “personas non gratas”. “Há pessoas que dão problemas, tenho uma lista com mais de 50. Tem gente do time social, com nome, com educação, mas que bebe e perde a compostura. Gente que destrata funcionário, que incomoda”, revelou.
Alicinha revelou na época que também colocava pessoas na “geladeira” e assumiu que a amiga Cláudia Liz foi uma delas. “É minha amiga, mas coloquei um tempo no freezer. São pessoas que não responderam a convites ou que foram convidadas mas não aparecerem e não deram satisfação”, contou.
Aficionada por atividades e esportes radicais como jiu-jítsu, Alicinha sofreu vários acidentes que a fizeram colocar quatro pinos no joelho, onze parafusos e uma placa na perna.
Morte prematura
Alicinha era portadora de Afasia Progressiva Primária (APP), uma doença rara em que há perda progressiva e predominante da linguagem.
De acordo com a revista Marie Claire, ela estava afastada das atividades desde 2017, quando foi diagnosticada com a doença, e era acompanhada por uma equipe médica 24 horas por dia.
Alicinha não reconhecia mais amigos, que, neste ano, chegaram a criar uma campanha de arrecadação para ajudar no tratamento da promoter.