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Com poucos dias de estreia de A Fazenda, Nego do Borel esteve envolvido em quase todas as maiores polêmicas do reality. Do lado de fora do confinamento, a realidade não é tão diferente. A coluna LeoDias conversou com o neurocientista José Fernandes Vilas para entender os acessos de raiva do funkeiro no reality. Para ele, o cantor tem indícios do que se chama de Síndrome de Hulk, com acessos de raiva intermitentes e dificuldades em lidar com a rejeição.
Os momentos de ira protagonizados pelo cantor no último final de semana não parou somente a internet, como também chamou a atenção de especialistas. A discussão mal fundamentada com Dynho Alves e a acusação de assédio por parte de Dayane Mello já marcam negativamente a passagem do cantor no reality. A descompostura foi tamanha que até um balde de metal foi lançado na porta, o que fez o restante dos peões da baia acordarem nada satisfeitos.
Na vida longe das câmeras, Nego do Borel é indiciado por lesão corporal contra a sua ex-noiva, Duda Reis, que inclusive se revoltou na web com a escolha do funkeiro para integrar o casting de A Fazenda 13. O posicionamento recebeu apoio de muitos internautas, que questionaram a escolha da Record.
O neurocientista José Fernandes Vilas analisa a participação do cantor no reality: “De fato, Nego do Borel não está aproveitando a oportunidade de mostrar o lado ‘bom moço’ em A Fazenda. Percebe-se que o mesmo não sabe lidar bem com a rejeição. Quando se sente pressionado, desenvolve vários rompantes, como surtos de raiva e ira num ato de extrema impulsividade, ignorando as câmeras e impossibilitando a tentativa de minimizar seu estilo inconstante”.
E completa: “Mesmo num ato de choro após perceber que os limites foram ultrapassados, não nos faz transparecer confiabilidade e arrependimento, nesse processo de limpeza de imagem após o divórcio conturbado onde foi indiciado por violência doméstica. O cantor está mostrando que é uma pessoa um pouco desequilibrada com rompantes violentos. É claro que não podemos julgar essa questão sobre agressão física, mas devido esse comportamento inconstante nos leva a pensar numa possível patologia, a Síndrome de Hulk, o transtorno explosivo intermitente”.
Mas afinal, o que é a Síndrome de Hulk?
Nos quadrinhos, o personagem Incrível Hulk conta com uma força avassaladora após atos súbitos de fúria, capaz de destruir tudo o que há pela frente com sua incrível força e quando retorna ao seu estado natural, mostra-se incapaz de lembrar dos episódios. Esse comportamento se assemelha ao transtorno psiquiátrico DSM-5, que recebeu o apelido de Síndrome de Hulk, um transtorno explosivo intermitente, que nada mais é do que uma disfunção neuroquímica devido a baixa produção de serotonina e de origem genética.
De acordo com o neurocientista, entre os sintomas estão: explosões de raiva verbais ou mais raramente agressões físicas que acontecem repentinamente, de forma disruptiva e jamais premeditadas. Após a explosão há a sensação de alívio intenso, evoluindo para culpa, vergonha e arrependimento pelo episódio.
“Os surtos de ira podem ir de ameaças, falatório inapropriado, xingamentos, agressões físicas sem lesão corporal, como se fosse ‘rodar a baiana’, sendo em média 2 a 3 vezes por semana num período de 3 meses (…) A intensidade da reação é incoerente com o evento gatilho. Ou seja, eventos banais do cotidiano, geram respostas desproporcionais, podendo sobrar para qualquer um que esteja no caminho do portador do transtorno”, explica o médico.