A preço de R$ 2.800 mil, Área Vip do RIR foi céu e inferno. Confira
Coluna LeoDias desbravou tudo que rola no espaço mais badalado do festival
atualizado
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Ao longo das horas do último dia do Rock in Rio, a coluna LeoDias desbravou mais detalhes do luxuoso espaço a custo de R$ 2.800 mil reais, analisou situações e atendimento, ao mesmo tempo em que se espantava com a atitude apática de um público bastante óbvio.
Público “vip” e falha de som
“Vamos para o lounge favela?”: esta foi apenas uma das atribuições ditas em tom de desdém que os pagantes da Área Vip do Rock in Rio (lá do alto) proferiam sobre a “grande pista”. No espaço mais exclusivo da Cidade do Rock, não é difícil ouvir frases em tom pejorativo e atitudes neste sentido.
Mas, olhando da sacada da área externa no início da noite, a vida parecia estar mais feliz lá embaixo, na pista, do que no ambiente tão seleto. Após o encerramento do show de Ivete Sangalo, a situação piorou e local sofreu com a evacuação de público. Custou até que os espaços fossem preenchidos, e muito disso é resultado de uma grande falha de som que não alcançava o espaço mais exclusivo do festival.
E não foi só isso. Apesar de ter, de fato, uma visão privilegiada do palco, devido a altura do espaço, a distância do Palco Mundo continua a mesma dos anos anteriores: é tão longe que a melhor forma de assistir aos shows é olhando para o telão do lado direito. Como já pontuamos anteriormente, a falta de visibilidade por causa de tamanho e quantidade de telões também foi um problema, uma vez que o intuito principal é assistir aos shows.
Discussões
As portas bem vigiadas por seguranças do espaço Vip não foram capazes de segurar a treta do lado de fora, assim como situações desagradáveis. No primeiro fim de semana, Jade Picon chegou ao camarote ignorando a imprensa quando foi chamada. No domingo (4/9), Gabigol entrou em uma discussão no local e, uma semana depois, foi a vez de Nicole Bahls se desentender com algumas pessoas.
Banheiros
Os espaços interativos dos patrocinadores da Área Vip eram localizados em um corredor imenso, onde no meio deles estavam os banheiros. E vamos lá! No banheiro masculino, os mictórios possuíam uma tela acoplada para que os clientes pudessem fazer xixi sem perder o show que estava rolando naquele momento, o que não se repetiu no banheiro feminino.
A tecnologia também servia para que os rapazes tivessem um motivo a mais para não olhar o colega ao lado, já que todo aquele espaço era completamente aberto, super exposto e sem qualquer divisória.
Eram, acredite, apenas quatro pias para uma multidão de pessoas, mas não faltaram papeis, nem sabonete líquido de boa qualidade, tampouco profissionais da limpeza no local. Mas a estrutura montada não foi capaz de impedir o mau cheiro terrível do local. Com o passar das horas, a situação piorou drasticamente e todo o corredor que locava as marcas foi sumamente tomado pelo cheiro de urina e esgoto.
Atendimento e locais para sentar
O atendimento dos profissionais (limpeza, garçons, segurança, equipe de informações e ajuda), num geral foi excelente, a nota é nove, o que não vale para a equipe que faz frente aos famosos na área exclusiva deles. Nota zero pela antipatia e despreparo no trato com a imprensa. Celebridade sem imprensa é o mesmo que avião sem asa. A estrutura e estratégia montada pela organização da Doritos supera com louvor.
Já em relação aos lugares para se sentar, a variedade é grande, mas a quantidade, não. Não foram poucas as pessoas que tiveram que se sentar no chão para comer ou até mesmo descansar por não haverem mais mesas, cadeiras, pufs e sofás disponíveis. Para o tamanho do lugar e do público que deve ser recebido, esse quesito também deixou a desejar.
Comes e bebes
Vamos falar de comida. É preciso enaltecer o trabalho dos chefes responsáveis pelos pratos servidos na Área Vip do RIR. Uma gastronomia variada, muito bem servida, criativa, e o mais importante, saborosíssima. Coisa rara! O mesmo vale para os doces. No último dia de festival parecia que, finalmente, mudanças foram feitas, já que no dia 4/9 a comida estava fria em alguns dos poucos pontos onde era servida.
Mas um fator chamou a atenção desta equipe negativamente. Por procedimento padrão, os comes e bebes param de ser servidos entre 00h30 e 1h da manhã. Isso inclui até mesmo água e outras bebidas não alcoólicas, segundo os próprios profissionais que trabalhavam nos bares! O festival, cabe lembrar, vai até às 4h da manhã. Ou seja, mesmo desembolsando um alto valor para o open food e open bar, a comida não está disponível a noite toda.
Além disso, as bebidas também deixaram a desejar. O cardápio de opções era quase que único: cerveja, gin e derivados. Grandes e bons drinks? Esquece.
Piano
Da mesma forma que nos anos anteriores, o piano continua tendo seu local reservado. Entre os shows do Palco Mundo, uma pessoa toca músicas atuais que até atraem parte do público, enquanto outra não parece dar muita importância ao que acontece por ali.
Voltando a falar da parte técnica de toda aquela estrutura, foi absurdo e muito lamentável a questão do som. Talvez isso justifique o público sem empolgação ali presente. O show de Ludmilla visto de determinados pontos da área externa era quase um show mudo, foi inacreditável, nada se ouvia. O grande momento, é claro, ficou por conta de Dua Lipa, que fez a Área Vip bombar e magicamente o som melhorar.
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