2021: o ano que abalou os programas de auditório da TV brasileira
Saída de Faustão provocou uma grande reformulação no final de semana da Globo e ausência de Silvio Santos apagou muito do brilho do SBT
atualizado
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O ano de 2021 começou com uma bomba que abalou os alicerces da televisão brasileira: depois de 32 anos, Fausto Silva estava fora da TV Globo. Inesperada, a notícia virou uma espécie de novela, que se arrastou por todo o primeiro semestre. E, como todo acontecimento envolvendo uma estrela dessa magnitude, provocou um terremoto nos bastidores. Faustão saiu de seu Domingão sem se despedir do público e deixou o ano que termina marcado como um divisor de águas, sobretudo, na história dos programas de auditório.
A saída de Fausto Silva mudou os destinos de três comunicadores. Tiago Leifert, seu substituto imediato, foi abraçado pelo público e pela crítica ao comandar o que restava da Dança dos Famosos. Teve gente pedindo para que os domingos passassem a ser dele, mas foi em vão: em setembro, foi a vez do até então titular do Big Brother Brasil comunicar que estava deixando a emissora. Luciano Huck, apontado como sucessor natural de Fausto Silva, abdicou das pretensões políticas e passou a bater cartão na Globo aos domingos.
Os sábados ficaram com Marcos Mion, contratado pela emissora dos Marinho em setembro. A chegada do ex-comandante do reality A Fazenda foi celebrada pelo público com intensidade semelhante a de um campeonato de futebol. Extremamente sagaz e conectado ao universo digital, o neo-global aproveitou a onda para fazer barulho e atrair atenções – e audiência – para o (agora) seu Caldeirão. Deu certo: o estreante foi tão elogiado e soube cativar os telespectadores com tanta maestria que os planos iniciais foram revistos e a Globo se viu praticamente obrigada a efetivá-lo no comando da atração das tardes de sábado. E já há quem sonhe com ele nos domingos…
Por falar em domingo, voltamos a Luciano Huck. No comando do Domingão, o apresentador deu todos os sinais de ter sentido a pressão do novo horário. Nos primeiros programas, parecia tenso e não dava sinais de que estava se divertindo com o que vinha oferecendo ao público. Nas redes sociais, pipocaram queixas sobre as tais “histórias inspiradoras”, que muita gente acredita não combinarem com a tradição das tardes/noites de domingo. A audiência não despencou, mas também não cresceu; resultado de um programa que ainda soa confuso, dividido entre os objetivos de divertir, emocionar e fazer pensar. Atirando para todos os lados, o Luciano deu sinais de não ter conseguido acertar alvo algum. Prova disso são as já anunciadas mudanças no formato do dominical.
E não há como falar dos programas de auditório sem lembrar daquele que melhor define a figura do animador popular: Silvio Santos. Afastado de suas “colegas de auditório” desde o início da pandemia, o dono do SBT voltou a gravar seu programa em julho, mas o retorno durou pouco. Infectado com a Covid-19, Silvio precisou ser hospitalizado em agosto e deu um susto no país. Recuperado, não voltou aos estúdios. Desde então, Patricia Abravanel assumiu o comando do programa que leva o nome do pai. Pela primeira vez na história, a “TV mais feliz do Brasil” se vê sem seu rosto, sua alma. O público, acostumado a rir com (e de) Silvio Santos há seis décadas, sente falta do comunicador. E todos se perguntam quando o “auditório mais feminino do Brasil” será novamente ocupado pelo apresentador mais popular do país.
Será que, em 2022, Silvio Santos vem aí?
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