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“Sugestão não foi aceita”: virologista admite gabinete paralelo

Paulo Zanotto é alvo da CPI da Covid após orientar Bolsonaro a ter “extremo cuidado” com vacinas e pedir para morar dois anos no Canadá

atualizado

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1 de 1 Zanotto 2 - Foto: Marcos Santos/USP Imagens

O virologista Paolo Marinho de Andrade Zanotto confirmou, nesta quinta-feira (10/6), que sugeriu a criação do “gabinete paralelo” ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para acompanhar o desenvolvimento de vacinas de forma independente. Segundo o médico, contudo, a proposta não teria sido acatada pelo Palácio do Planalto.

“O gabinete paralelo seria a avaliação de plataformas de vacinas seguido pelos melhores cientistas no Brasil, independentemente da influência de produtores (fabricantes). Essa sugestão não foi acatada pelo Governo”, escreveu originalmente em inglês o virologista brasileiro, no Twitter, em resposta à jornalista Rachel Sheherazade.

A declaração ocorreu após o Metrópoles revelar que, embora a diretoria do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) tenha autorizado o afastamento remunerado do pesquisador para atuar, por dois anos, na canadense British Columbia Institute of Technology (BCIT), a instituição afirmou que a solicitação ainda está “pendente”, para atuar a “curto prazo”, e como “não docente”.

O biólogo, com mestrado e doutorado em virologia, tornou-se alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 após ter aparecido em vídeo revelado pelo Metrópoles sobre a existência de um “ministério paralelo”, criado para orientar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a gestão da pandemia no país.

Em seu discurso gravado, Zanotto solicita que Bolsonaro tome “extremo cuidado” com as vacinas contra a Covid-19. Naquela época, o Ministério da Saúde já ignorava e-mails da Pfizer com ofertas de imunizantes.

Veja a publicação:

“Cientistas anônimos”

Ainda pela rede social, o professor universitário também desabafou por ter sido exposto após a gravação revelada pelos repórteres Sam Pancher e Lourenço Flores, do Metrópoles, sobre a criação de um “shadow board”, uma espécie de gabinete paralelo ou “grupo das sombras” contra a pandemia.

“Desacreditar alguém envolvido no desenvolvimento de 3 vacinas para o vírus Zika, que sugeriu ao governo um grupo anônimo de cientistas independentes de primeira linha para acompanhar a avaliação das plataformas de vacinas sem possível interferência das empresas. Pensar”, assinalou o virologista em entrevista com a jornalista Lilian Tahan, diretora de redação do Metrópoles.

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