STF autoriza transferência de Roberto Jefferson para hospital, mas somente com tornozeleira
O político, preso por acusações de integrar uma suposta organização criminosa digital contra a democracia, estava internado na UPA de Bangu
atualizado
Compartilhar notícia
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou a transferência do presidente do PTB, Roberto Jefferson, para o Hospital Samaritano Barra, no Rio de Janeiro. O político, preso por acusações de integrar uma suposta organização criminosa digital contra a democracia, estava internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Bangu, no Rio de Janeiro, mas pediu para ser levado à unidade particular devido a problemas de saúde.
Neste sábado (4/9), o ministro do STF autorizou a saída do preso. No entanto, Moraes frisou em sua decisão que a prisão preventiva do presidente do PTB está mantida, e determinou que ele só vá para o hospital particular após ter a tornozeleira eletrônica fixada em seu corpo.
“Autorizo a sua saída imediata do estabelecimento prisional, somente após a instalação de tornozeleira eletrônica, tão somente para tratamento médico, a ser realizado no Hospital Samaritano Barra, com a aplicação de medidas cautelares”, diz a decisão.
As medidas são:
- Monitoramento eletrônico, com área de inclusão tão somente no endereço do Hospital Samaritano Barra;
- Proibição de receber visitas sem prévia autorização judicial, à exceção de seus familiares, observadas as regras
hospitalares; - Proibição de ter qualquer forma de acesso ou contato com os investigados nos Inquéritos 4.874/DF e 4.879/DF;
- Proibição de frequentar ou acessar, inclusive por meio de sua assessoria de imprensa, ou qualquer outra pessoa, as redes sociais apontadas como meios da prática dos crimes a ele imputados (YouTube, Facebook, Instagram e Twitter), ou quaisquer outras aqui inominadas;
A decisão foi dada após a defesa de Roberto Jefferson comprovar que ele tem saúde frágil e toma, há anos, 22 comprimidos por dia devido a uma cirurgia bariátrica e ao tratamento contra um câncer.
O ex-deputado é investigado no inquérito que apura a organização e o funcionamento de uma milícia digital voltada a ataques contra a democracia. Ele foi preso em 13 de agosto.