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“Shadow board”: virologista alvo da CPI quer morar dois anos no Canadá

Paolo Zanotto aparece em vídeo que revelou possível “gabinete paralelo” e fez pedido na USP para deixar o Brasil em 1º de agosto

atualizado

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Paolo Zanotto
1 de 1 Paolo Zanotto - Foto: Reprodução

O Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP) informou, nesta segunda-feira (7/6), que o virologista e professor Paolo Marinho de Andrade Zanotto solicitou afastamento do trabalho, por um período de dois anos, para morar no Canadá.

O biólogo, com mestrado e doutorado em virologia, virou alvo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 após aparecer em vídeo revelado pelo Metrópoles sobre a existência de um possível “gabinete paralelo”, criado para orientar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a gestão da pandemia no país.

O pedido interno na USP é para que o virologista deixe o Brasil no dia 1º de agosto para “um período sabático no British Columbia Institute of Technology (BCIT), em Vancouver, desenvolvendo atividades de educação, pesquisa e extensão sem prejuízo de vencimento”.

De acordo com a nota encaminhada para a coluna Janela Indiscreta, a solicitação ainda será analisada pelo instituto da universidade pública, onde o professor leciona microbiologia e recebe salário bruto de R$ 12.729,55, conforme o portal da transparência da entidade. Caso seja autorizada, a licença será remunerada.

“O prof. Zanotto pediu afastamento e isso será analisado nesta quarta-feira (9/7) pelo Conselho Técnico-Administrativo do Instituto”, informou o instituto, sem informar quando a solicitação foi protocolada.

O requerimento para convocação do especialista é assinado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da comissão, e ainda e deve ser analisado pelos congressistas nesta semana.

Veja a solicitação:

“Shadow board”

No vídeo, como mostraram os repórteres Sam Pancher e Lourenço Flores, do Metrópoles, Paolo Zanotto pediu a Jair Bolsonaro criação de um “shadow board”, uma espécie de gabinete paralelo ou “grupo das sombras” contra a pandemia.

Em seu discurso gravado, Zanotto solicitou que Bolsonaro tomasse “extremo cuidado” com as vacinas contra a Covid. Naquela época, o Ministério da Saúde já ignorava e-mails da Pfizer com ofertas de imunizantes.

Além disso, Zanotto já atacou o comando da CPI da Covid e teve um post marcado como fake news pelo Facebook, conforme revelou o colunista Guilherme Amado.

Veja o pedido de convocação:

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