“Se precisar de UTI, não vai conseguir”, diz chefe da Casa Civil do DF
Gustavo Rocha reforçou a necessidade de a população respeitar o lockdown para evitar proliferação do vírus: DF passou de 5 mil mortos
atualizado
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O secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, afirmou, na tarde desta quarta-feira (10/3), que o Distrito Federal se aproxima do colapso e que a rede hospitalar, que inclui unidades públicas e particulares, está sobrecarregada e praticamente sem vagas de UTI para Covid-19. A declaração ocorreu durante uma coletiva de imprensa realizada no Palácio do Buriti.
“Se precisar de vaga, não vai conseguir, nem mesmo em hospital privado. Chegamos a um momento em que a rede hospitalar do DF está no limite. Não adianta achar que na rede privada vai conseguir, porque não tem. As redes de saúde pública e a privada estão atuando no limite”, frisou.
O cenário foi informado pelo secretário como forma de conscientizar a população sobre a necessidade de respeitar as medidas restritivas para fazer com que o vírus pare de circular e, com isso, reduza a taxa ocupação de leitos.
Doença mais disseminada
“Estamos combatendo as taxas de transmissão, mas ela ainda está em ascensão. A melhor gestão não é a disponibilização de leitos, mas a consciência e o respeito das medidas protetivas. Aumentou a internação de pessoas com menos de 60 anos, são os que estão no pronto-socorro e se recusam a ser intubados. A doença está na forma mais disseminada, num perfil epidemiológico que não afeta apenas idosos”, completou o secretário adjunto de Assistência à Saúde, Petrus Sanchez.
“Não vai adiantar nada aumentar o número de leitos se a população não entender a seriedade do momento em que estamos passando. O quanto abrirmos de leitos, eles serão ocupados. É importante fazer o vírus parar de circular”, reforçou Rocha.
Segundo Petrus, desde que as novas regras anunciadas pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), a taxa de transmissão da Covid-19 caiu de 1.38 para 1.28. “Já disponibilizamos 600 leitos (público e privado) voltados exclusivamente para Covid. É uma quantidade grande para uma cidade com 3 milhões de habitantes”, ressaltou o secretário.
Ele acrescentou um apelo aos brasilienses: “A Secretaria pede, de maneira entristecida, que a população pense no coletivo e mantenha esse controle das medidas sanitárias ao não fazer aglomerações”.