Renan Calheiros provoca Deltan após condenação no TCU: “É ficha suja”
Ex-presidente do Congresso também lembrou que algoz e ex-procurador da Lava Jato terá que indenizá-lo após decisão do CNMP
atualizado
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O senador Renan Calheiros (MBD-AL) repercutiu, nesta terça-feira (9/8), a condenação pelo Tribunal de Contas da União (TCU) do ex-procurador da República e pré-candidato a deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos), do ex-procurador-geral Rodrigo Janot e do procurador João Vicente Romão, no âmbito da Operação Lava Jato.
Adversário declarado do ex-integrante do Ministério Público Federal (MPF), Calheiros reagiu afirmou que, com a decisão da Segunda Câmara do Tribunal de Contas da União (TCU) que julgou irregulares as contas de Dallagnol, o pré-candidato passaria a ser ficha suja e inelegível.
“A farra das diárias da Lava Jato, comandada por Deltan Dallagnol e Rodrigo Janot, será julgada. Prejuízo de 2,6 mi. Deltan foi condenado por mim no CNMP e foi sentenciado a me indenizar e também ao Lula. É ficha suja, inelegível”, escreveu.
Veja a publicação:
A farra das diárias da Lava Jato, comandada por Deltan Dallagnol e Rodrigo Janot, será julgada. Prejuízo de 2,6 mi. Deltan foi condenado por mim no CNMP e foi sentenciado a me indenizar e também ao @Lulaoficial. É ficha suja, inelegível.
— Renan Calheiros (@renancalheiros) August 9, 2022
TCU: Dallagnol, Janot e Romão devem pagar R$ 2,8 mi a cofres públicos
Reação
Após tomar conhecimento da condenção, Deltan reagiu imediatamente e disse que ele e Rodrigo Janot devem recorrer da decisão.
“O sistema quer vingança. Este é mais um episódio que mostra o quanto o sistema político não tá nem aí para a sociedade e quer ver a Lava Jato longe do Congresso Nacional. Mostra até onde o sistema é capaz de chegar para impedir que o combate à corrupção avance no país”, prosseguiu o ex-procurador, que pode ficar inelegível devido ao julgamento da Câmara do TCU.
A Tomada de Contas Especial (TCE), de relatoria do ministro Bruno Dantas, apurou supostas irregularidades nos pagamentos de diárias, passagens e gratificações por desoneração a procuradores da força-tarefa. Janot, Dallagnol e Romão foram apontados como gestores dos gastos da operação.
O relator do processo foi acompanhado pelos ministros Aroldo Cedraz, Antônio Anastasia e Augusto Nardes.