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Nova variante britânica da Covid é encontrada em paciente do DF

De acordo com o GDF, o paciente infectado adquiriu a cepa de outro brasileiro que manteve contato com a mutação do Sars-Cov-2

atualizado

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Secretário de Saúde, Osnei Okumoto
1 de 1 Secretário de Saúde, Osnei Okumoto - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, anunciou que a nova variante do Reino Unido da Covid-19 foi encontrada em pacientes do Distrito Federal. A declaração ocorreu durante coletiva de imprensa, realizada nesta quinta-feira (25/3), no Palácio do Buriti.

De acordo com o titular da pasta, das cinco variantes diferentes detectadas, a P1 – conhecida como a mutação de Manaus – é a mais predominante entre os pacientes atualmente internados na capital do país. As amostras foram analisadas pelo Laboratório Central da Secretaria de Saúde (Lacen-DF).

“Lá no início, quando a gente planejava a vacinação em janeiro, tínhamos um comportamento diferente do que está atualmente, que é muito mais agressivo”, disse Okumoto. Até então, a única mutação desse tipo havia sido encontrada no Entorno do DF. “Oficialmente, temos esse vírus com transmissão interna no Distrito Federal”, reforçou.

Segundo o secretário de Saúde, parte dessas variantes veio em pacientes transferidos de outras cidades para atendimento na capital da República. “Como essa grande quantidade de pessoas que vieram de fora para tratamento no DF, acabaram transferindo esses novos vírus aqui. Isso não é exclusivo do DF, porque, se observarmos, está acontecendo em todo o país”, reforçou.

“É uma situação única, com 35 anos de formado, mas a quantidade de pacientes e o índice de transmissão de vírus foi tão alta que estamos tendo de abrir mais leitos. Todos serão preenchidos e dessa forma que temos de agir e é assim que estamos fazendo”, frisou o secretário.

O chefe da pasta ainda destacou que as amostras sequenciadas são importantes para entender de onde vieram os vírus.

“Há um histórico em vários locais do mundo. Eles são anunciados nessas regiões e são catalogados. Quando as pessoas começam a viajar, levam pelo mundo inteiro. No DF, a partir do sequenciamento genético, conseguimos identificar a origem do vírus. No caso, escolhemos 44 amostras, obedecendo suspeitas de reinfecção, pacientes de Manaus, paciente com óbito e cinco outros aleatórios. Dessa forma que chegamos aos números”, disse.

Das 44 amostras, 24 foram a de Manaus, 14 a do Rio de Janeiro, 5 o vírus normal e um do Reino Unido.

Cepas

No início do mês, a Secretaria de Saúde (SES) identificou pelo menos quatro cepas da Covid-19 em circulação no Distrito Federal. Entre elas, a variante de Manaus, apontada como mais transmissível e que pode reinfectar pessoas que já tiveram o vírus. As amostras foram analisadas pelo Laboratório Central da Secretaria de Saúde (Lacen-DF).

A pasta havia informado serem quatro as cepas encontradas no DF. São as variantes P1, P2, B.1.1.28, B.1.1.143. Com a nova mutação encontrada, a B.1.1.7, são cinco variantes em transmissão comunitária.

Estudo

Recente estudo conduzido pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, no Reino Unido, descobriu que a variante do coronavírus B.1.1.7, identificada pela primeira vez no país, aumenta o risco de morte por Covid-19 em 61%, quando comparada a outras versões do vírus. A taxa pode variar de 42% a 82%, a depender da idade do paciente. A pesquisa foi publicada nesta segunda-feira (15/3) na revista científica Nature.

De acordo com o estudo, após 28 dias do teste positivo para Covid-19, o risco de morte aumenta de 17% para 25% em homens com 85 anos ou mais. Para mulheres da mesma faixa etária, a taxa cresce de 13% para 19%. Em homens com 70 a 84 anos, o risco de morte aumenta de 4,7% para 7,2%. Idosas da mesma idade apresentam aumento de 2,9% para 4,4%.

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