Grupo convoca ato contra governo Iván Duque na Embaixada da Colômbia
Organizado pelo Comitê Anti-imperialista General Abreu e Lima, protesto quer reforçar manifestações que ocorrem no país contra Iván Duque
atualizado
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Após uma semana marcada por protestos e confrontos violentos entre manifestantes contrários ao governo de Iván Duque e as forças de segurança da Colômbia, uma manifestação está sendo convocada para ocorrer às 11h30 de quinta-feira (6/5), em frente à sede da embaixada colombiana, em Brasília. O movimento é organizado pelo Comitê Anti-imperialista General Abreu e Lima.
Os sindicatos e movimentos populares chamaram uma greve-geral contra o pacote de reformas tributárias neoliberais impostas pelo governo e, segundo os organizadores do protesto, a violência policial já cometeu 31 assassinatos de manifestantes e há, ainda, o registro de 1.443 casos de abuso policial e 77 de uso de armas de fogo.
“Não podemos esquecer que Duque não reconheceu o acordo de paz assinado entre as Farc [Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia] e o governo, celebrado em 1º de dezembro de 2016, após a mediação do governo de Cuba”, afirma o comunicado.
Segundo a convocação, o documento colocou fim a mais de 50 anos de combates, os quais resultaram em mais de 200 mil mortos, grande maioria assassinada pelos paramilitares.
“Os governos da Colômbia, em sua longa história como serviçais do imperialismo ianque, têm atuado como um agente provocador na região, ao lado do governo miliciano fascista de Bolsonaro, atacando a Revolução Bolivariana e perseguindo os militantes da esquerda e populares em seu território, os quais tem sofrido sistematicamente a violação dos direitos humanos, prisões e assassinatos de lideranças”, reforça o texto assinado pelo Comitê Anti-imperialista General Abreu e Lima.
Protestos
A onda de protestos no país começou com uma proposta de reforma tributária mas deve se manter mesmo após a votação do projeto ter sido suspensa. Cáli, cidade com mais de 2,3 milhões de habitantes, , no sudoeste da Colômbia, se tornou o epicentro.
O projeto apresentou pontos como aumento de impostos sobre a renda e sobre produtos básicos para evitar que a dívida colombiana gere a perda de mais pontos nas avaliações de risco de agências internacionais.
Diante dos protestos, o presidente Iván Duque pediu, no último domingo (2/5) que o Congresso retirasse a reforma tributária da pauta de votações, para que fosse revisada e virasse “fruto de consenso, de modo a evitar incerteza financeira”. Contudo, as manifestações continuam, principalmente em protesto pelas mortes ocorridas nos choques com a polícia.