Eduardo Leite aposta em rejeição a Doria para vencer prévias do PSDB
Governador gaúcho disputa votos tucanos com João Doria e Arthur Virgílio Neto para ser o nome do partido na corrida ao Planalto de 2022
atualizado
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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirmou, na noite deste sábado (20/11), que a rejeição do eleitorado ao nome de João Doria, governador de São Paulo, pode ser um trunfo para ser o vencedor nas prévias que o PSDB realiza neste domingo (21/11) para a escolha do nome que representará o partido nas eleições presidenciais de 2022.
Antes de confraternizar com apoiadores, numa galeteria de Brasília, o gaúcho também afirmou estar confiante em ganhar a maioria dos votos dos tucanos e, assim como Doria, evitou criticar diretamente o principal adversário interno, embora reconheça que a recente campanha “acentuou diferenças” entre os possíveis presidenciais.
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“A gente vê um Brasil polarizado, dividido. Duas candidaturas estão hoje liderando as intenções de voto, mas que também lideram na rejeição e, entre nós no PSDB, a que tem menos rejeição é a nossa e, por isso, uma [tenho a] candidatura com mais chance de crescer o piso”, disse.
Leite afirmou que as pesquisas indicam o adversário tucano com um teto mais baixo para atrair novos votos de eleitores e frisou que o governador paulista se iguala ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na rejeição dos brasileiros.
“A responsabilidade que o PSDB tem nessas eleições é de apresentar uma candidatura que seja viável pra ajudar a constituir uma terceira via e, assim, impedir que no ano que vem forcemos na eleição uma nova edição de um segundo turno que nós não desejamos ver entre Lula e Bolsonaro, PT e Bolsonaro. Então, estou muito confiante”, continuou.
Diálogo
Durante a conversa com jornalistas, o tucano também disse não ter dificuldade de, caso vitorioso nas prévias do PSDB, sentar-se com Doria e também com outros nomes que são especulados dentro da chamada terceira via.
“Eu não preciso ir buscar porque eu sempre mantive o diálogo, sempre tive diálogo com essas candidaturas, porque sempre deixei claro de que não se trata de um projeto pessoal, não é sobre eu, é sobre nós, sobre o Brasil e é sobre o que a gente pode construir nesta eleição a favor do futuro dos brasileiros”.
“Nós estamos cientes do compromisso que a gente tem como cidadãos brasileiros de ajudar o Brasil a viabilizar a romper com essa polarização que aí está, que divide o país, que coloca brasileiros contra brasileiros, família contra amigos e que, infelizmente, além de tudo, ainda gera prejuízos econômicos, prejuízos para a vida dos brasileiros”, frisou.