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DF: superlotação de UTIs é causada por variante de Manaus, diz Okumoto

Secretário de Saúde também pontuou que novo relatório epidemiológico não identificou a presença da primeira versão do vírus no DF

atualizado

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Robson Valverde/SES-SC
laboratório
1 de 1 laboratório - Foto: Robson Valverde/SES-SC

O secretário de Saúde, Osnei Okumoto, afirmou que, segundo o mais recente Relatório da Vigilância Genômica elaborado pela pasta, a maior parte dos pacientes contaminados nos hospitais do Distrito Federal teve contato com a variante P.1, mais conhecida como a cepa de Manaus.

O titular da pasta distrital informou ainda que esse documento foi produzido entre os dias 25 e 26 de março, na 12ª semana epidemiológica, e com 59 pacientes infectados por Covid-19. As amostras foram analisadas pelo Laboratório Central da Secretaria de Saúde (Lacen-DF).

“Dentre as amostras, uma tem a origem B.117, que é a do Reino Unido. Todas as outras – fora três delas que tiveram resultado inconclusivo – são a variante de Manaus, que é muito mais infecciosa”, disse.

Além disso, o secretário indicou que não foram encontradas, no DF, as versões anteriores do novo coronavírus, micro-organismo que esteve presente na primeira onda da pandemia, ainda no ano passado.

“É um dado muito importante e que define os gráficos da grande transmissibilidade e a necessidade de internação em leito de UTI. Então, a gente consegue entender por que tivemos que receber tantos pacientes com a necessidade de UTI e mais tempo de internação”, reforçou.

Também presente na coletiva, o secretário chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, afirmou que isso justifica o novo perfil do paciente internado, que tem atingido uma faixa etária mais jovem. “Por isso, é importante que cada um se cuide bastante.”

Variante britânica

Em março, Okumoto anunciou que a nova variante do Reino Unido da Covid-19 foi encontrada em pacientes do Distrito Federal. Naquele período, das 44 amostras analisadas, 24 foram a de Manaus, 14 a do Rio de Janeiro, 5 do vírus normal e uma do Reino Unido.

“Há um histórico em vários locais do mundo. Eles são anunciados nessas regiões e são catalogados. Quando as pessoas começam a viajar, levam pelo mundo inteiro. No DF, a partir do sequenciamento genético, conseguimos identificar a origem do vírus. No caso, escolhemos 44 amostras, obedecendo suspeitas de reinfecção, pacientes de Manaus, paciente com óbito e cinco outros aleatórios. Dessa forma que chegamos aos números”, afirmou, na oportunidade.

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