DF: 4.006 servidores da Saúde não quiseram tomar vacina contra a Covid
Número é referente aos funcionários da Secretaria de Saúde do DF e foi divulgado pelo titular da pasta, Osnei Okumoto
atualizado
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No Distrito Federal, 4.006 servidores da Secretaria de Saúde optaram por não receber, até agora, a primeira dose da vacina contra a Covid-19. A declaração foi feita pelo titular da pasta, Osnei Okumoto, durante coletiva de imprensa realizada no Palácio do Buriti nesta quinta-feira (27/5).
De acordo com ele, dos 32.578 servidores da rede pública de Saúde do DF que deveriam ser imunizados, 28.572 tomaram a primeira dose e 26.034, a segunda.
Segundo Okumoto, o GDF não prevê qualquer tipo de penalidade para o servidor público que se recusar a tomar a vacina. “É a escolha desses funcionários, é autonomia que o SUS sempre proporciona para todas as pessoas que necessitam dele. Então, um dos dos requisitos básicos da saúde é a autonomia do paciente, para que ele possa escolher qual é o tipo de tratamento que ele vai ter ou não. No caso da vacinação, também”, disse.
A Secretaria de Saúde afirmou que visa priorizar os grupos mais expostos e de maior risco a infecção pelo novo coronavírus, isso de acordo com os critérios e orientações do Programa Nacional de Imunizações (PNI-MS). “Contudo, a pasta entende que a vacinação não é obrigatória, não cabendo à pasta medidas além da disponibilização dos imunizantes e da convocação constante dos grupos contemplados”.
A informação reforça a reportagem revelada pelo Metrópoles sobre profissionais de saúde de todo o país que decidiram não receber o imunizante distribuído pelo PNI do Ministério da Saúde.
No total, há aproximadamente 22 mil profissionais da área da saúde no DF, incluindo servidores públicos federais e da rede privada, aptos a serem imunizados nas fases iniciais da vacinação, mas que ainda não procuraram os postos para receber a primeira dose. O secretário não justificou o motivo do alto índice de rejeição às vacinas.
Segundo Okumoto, o dado sobre cobertura vacinal foi atualizado no dia 24 de maio. “Isso significa que 87,7% desses profissionais já foram imunizados com a primeira dose e, no caso da segunda dose, a cobertura vacinal chega a 79,9%”, afirmou.
Na esfera federal, o Ministério da Saúde e entidades afins não têm dados oficiais sobre a quantidade de profissionais da categoria que já se negaram a tomar algum dos imunizantes. Os casos de trabalhadores da área que se recusam a ser vacinados, entretanto, têm aumentado, cada vez mais, em todo o país – e, consequentemente, as mortes também.
Um dos maiores desafios dos gestores públicos locais é encontrar formas para convencer esses profissionais, especialmente aqueles que atuam na linha de frente, a aumentar a imunidade contra o Sars-Cov-2.
“Aqueles profissionais de saúde que ainda não procuraram a imunização, busquem o ponto de vacinação. Eu passei aqui o número que é o de casos por mês, antes da vacinação, e após a vacinação. Caiu mais de 50%. De 870 para pouco mais de 300. As pessoas que ainda não se vacinaram e sendo vacinadas farão com que esse número caia ainda mais. Então é fundamental, principalmente os profissionais de saúde que lidam com isso no dia a dia, que busquem a vacinação, busquem a imunização. É importantíssimo que essas pessoas estejam devidamente imunizadas”, disse.
O Ministério da Saúde diz, em nota, que trabalha para reforçar “a importância da vacinação para Covid-19 e orienta para que as pessoas que fazem parte do público prioritário da campanha busquem os postos de vacinação”.