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Buriti encaminha para distritais projeto que moderniza carreiras da Saúde

Após aprovação de estudo prévio autorizado pelo governador Ibaneis, proposta será analisada pela CLDF a partir desta quinta-feira (11/2)

atualizado

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1 de 1 CLDF - Foto: Myke Sena/Especial Metrópoles

O Governo do Distrito Federal (GDF) encaminhará para os deputados distritais, nesta quinta-feira (11/2), um projeto de lei que tem como objetivo modernizar a carreira de Assistência Pública à Saúde local. A informação foi confirmada durante reunião entre integrantes do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde (SindSaúde) e o secretário de Economia, André Clemente

No fim de outubro, o chefe do Executivo local havia autorizado o início dos estudos para elaboração de um texto-base a respeito do tema, a ser protocolado na Câmara Legislativa (CLDF). No mesmo mês, o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, também encaminhou a proposta para a Casa Civil do DF.

Caso aprovada pelos parlamentares, a medida vai atingir diretamente um total de 10.661 servidores, sendo 2.887 especialistas, 5.841 técnicos em saúde e 1.933 auxiliares de saúde. De acordo com o GDF, não há impacto financeiro nos cofres públicos locais.

Alterações

A proposta é de autoria da presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues. As mudanças simplificam o que hoje se define como especialidade; reveem os cargos dentro da estrutura da Saúde, focando na área de atuação do servidor; mantêm os direitos conquistados e fomentam a qualificação continuada.

Na prática, a aprovação da medida possibilitará que os servidores com qualificação superior à do concurso prestado no passado possam ser reconhecidos pelo Estado, o que evitaria a evasão e o déficit de profissionais.

“O envio do projeto à Câmara Legislativa é fruto de muito esforço e política, pois forças contrárias se esforçam para atrapalhar a vida dos servidores. Porém, o bem sempre triunfará. Uma nova fase se inicia, que será de muita estratégia para que os deputados compreendam que a matéria valoriza os profissionais da Saúde”, comemorou a presidente do SindSaúde, Marli Rodrigues.

Durante reunião, Clemente confirma envio de PL da Saúde para análise de distritais
Pesquisa

De acordo com levantamento realizado pelo SindSaúde, entre os servidores que ocupam o cargo de auxiliar de saúde, carreira de nível básico, 94% têm ensino médio completo e 66%, graduação em nível superior. Outros 21% possuem, inclusive, pós-graduação.

O caso dos técnicos em saúde, cargo para o qual é exigido apenas o ensino médio, não é diferente. No total, 71% têm graduação, 38%, pós-graduação; e 21%, mestrado.

“Os servidores buscam se qualificar, estão se especializando, cada vez mais, para oferecer um serviço de excelência, mas estão engessados numa carreira que não valoriza isso. Daí, o alto número de evasão de talentos”, emendou Marli Rodrigues.

Entre os especialistas, a qualificação também é visível: 93% desses servidores têm pós-graduação; 33%, mestrado; e 3% concluíram, também, o doutorado.
“Esses servidores realizam atividades de alta complexidade e, no entanto, são os últimos remanescentes do GDF em uma carreira que os condena a permanecer sem qualquer possibilidade de crescimento”, reforçou a presidente do SindSaúde.

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