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Bolsonarista se manifesta após acusação de agredir apoiadores de Lula

Deputado fluminense Rodrigo Amorim afirmou que militantes de Marcelo Freixo “se vitimizaram” e que os moradores do bairro rejeitaram ato

atualizado

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Reprodução/ Redes Sociais
RODRIGO AMORIM MARIELLE
1 de 1 RODRIGO AMORIM MARIELLE - Foto: Reprodução/ Redes Sociais

Apontado por incentivar agressão contra militantes pró-Lula, durante uma caminhada no bairro da Tijuca – Zona Norte do Rio –, o deputado estadual Rodrigo Amorim (PTB) afirmou, neste sábado (16/7), que as acusações divulgadas em redes sociais são “mimimi”.

Pelo Twitter, o bolsonarista argumentou que tinha um encontro com apoiadores na Praça Saens Pena e que coincidiu com o movimento que apoiava a pré-candidatura de Marcelo Freixo (PSB) ao governo fluminense.

Na manhã deste sábado, 16 de julho, marquei encontro com apoiadores e amigos na Praça Saens Pena – a 300 metros da minha residência – para irmos ao encontro promovido pelo PTB em São Cristóvão. Obviamente que eles começaram o mimimi de sempre, dizendo que eu era o agressor, porque eles só sabem isso: se vitimizar, cavar pênalti, cair dando gritinhos”, escreveu.

Segundo o parlamentar, uma queixa foi registrada na Polícia Civil (PCRJ) por crime contra a honra, além de ter acionado o Ministério Público Eleitoral (MPE) por propaganda eleitoral antecipada.

“No fundo estavam com raiva porque o povo tijucano os rejeitou. Registrei na Polícia Civil o crime contra  a honra, e também no Ministério Público Eleitoral a propaganda antecipada ilegal do deputado Freixo. E vamos seguir com a CPI em agosto para investigar a Milícia do Freixo”, continuou.

Veja:

Polícia Civil

Após a repercussão do caso, a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) também disse que tem colhido depoimentos e está investigando o episódio.

“O caso foi registrado na 19ª DP (Tijuca) como ameaça e injúria. Foram colhidos depoimentos dos envolvidos. O procedimento será encaminhado à Coordenadoria de Investigações de Agentes com Foro (CIAF), órgão especializado da Secretaria de Estado de Polícia Civil, que possui atribuição para dar seguimento a este tipo de investigação”, registrou em nota.

Alerj

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), deputado André Ceciliano (PT), repudiou o confronto do deputado estadual Rodrigo Amorim e equipe contra ato pacífico de apoiadores da candidatura de Marcelo Freixo e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Essa política do ódio não pode prevalecer. Esse tipo de marketing do mal tem consequências nefastas, vide o que aconteceu com o companheiro de Foz de Iguaçu. É preciso frear urgentemente essa escala da violência. A esperança e o amor precisam vencer o ódio”, continuou.

Mais cedo, o advogado Rodrigo Mondego afirmou ter sido vítima de agressões por um grupo armado e apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), no Rio de Janeiro. Ele acusou o deputado Rodrigo Amorim de liderar as agressões.

Segundo Mondego, que é militante da esquerda, a agressão teria ocorrido durante uma caminhada organizada por simpatizantes da esquerda.

“Eu e outros militantes de esquerda estávamos em uma caminhada com o Freixo na Praça Saenz Pena quando fomos atacados por um grupo armado bolsonarista liderado pelo deputado Rodrigo Amorim, que nos agrediu, quebrou bandeiras e nos ameaçou. Estamos indo para a delegacia fazer o RO”, registrou no Twitter.

Veja o vídeo:

Veja a publicação no Twitter:

Da mesma forma, a atriz Lucélia Santos também relatou o caso de violência nas redes sociais.

“Aconteceu agora! O deputado estadual Rodrigo Amorim, acompanhado de homens (vários armados) encurralaram a nossa caminhada pacífica Lula-Freixo aqui na Tijuca. Foi estarrecedora a violência com que eles nos atacaram: quebraram bandeiras e gritaram ameaças. Não nos intimidarão!”, escreveu.

Deputado estadual

Rodrigo Amorim foi o deputado estadual mais votado no Rio em 2018, com 140.666 votos. Em 2016, se tornou candidato a vice-prefeito do Rio de Janeiro na chapa em que o titular era o deputado estadual Flávio Bolsonaro, então no PSC.

O parlamentar ficou conhecido por posar em foto ao lado do deputado federal Daniel Silveira (PTB), quando quebraram a placa em homenagem à vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018.

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