Após afago a Centrão, general ataca Bolsonaro e elogia Sergio Moro
Da reserva, Paulo Chagas afirmou que exoneração do ex-ministro abriu portas para o ingresso de Ciro Nogueira no Planalto
atualizado
Compartilhar notícia
O general da reserva Paulo Chagas criticou, nesta quarta-feira (21/7), as mudanças ministeriais anunciadas pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o qual confirmou o nome do senador Ciro Nogueira (PP-PI) – cacique do Centrão – para ocupar a Casa Civil da Presidência da República.
Apoiado pelo então candidato Jair Bolsonaro (sem partido) para a disputa ao Palácio do Buriti em 2018, Chagas não poupou ataques ao ex-aliado e defendeu a postura do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que ingressou no governo com a bandeira anticorrupção.
“Da maneira como o Presidente Bolsonaro o empurrou [Moro] para fora do governo, podemos concluir que o comprometimento do ex-juiz com o combate à corrupção era, de fato, um empecilho à sua intenção de aliar-se ao grupo a quem o Chefe do GSI evitara chamar de ‘lixão’ mas que, muito acertadamente, não exitara em chamar de ‘ladrão’!”, escreveu o general.
Paulo Chagas afirmou, ainda, que o compromisso de combater a corrupção, assumido durante a campanha eleitoral, “se enquadra perfeitamente na qualidade de ‘mentira’ citada pelo general Heleno como sendo característica de algo proposto pelo Centrão”.
“Hoje fica fácil concluir que o ‘mecanismo’ e as vulnerabilidades da família Bolsonaro precisavam descaracterizar o ‘Pacote Anticrime e Anticorrupção’ do [ex] ministro Moro e forçar a sua saída do governo para que o caminho estivesse livre para a volta do ‘Presidencialismo de Coalizão’. Sergio Moro foi a sua primeira vítima, mas o grande prejudicado, sem dúvida, foi o Brasil”, finalizou.