Zara é criticada por campanha comparada ao conflito em Gaza
Após boicote de ativistas pró-Palestina, a varejista retirou as imagens publicitárias e se desculpou publicamente pelo “mal-entendido”
atualizado
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Nesta semana, a Zara vem sendo alvo de críticas após promover uma campanha publicitária que, segundo internautas, explora e banaliza o sofrimento dos palestinos. Isso porque as imagens da linha Zara Atelier são compostas por elementos similares a fotos dos ataques na Faixa de Gaza, como corpos cobertos com material branco, estruturas destruídas ao redor, acompanhadas de entulhos e fragmentos.
Zara é acusada de banalizar os ataques à Palestina
Na campanha, em meio a um cenário caótico e destruído, a modelo norte-americana Kristen McMenamy posa com aparência elegante enquanto veste peça da coleção intitulada 04_The Jacket. Não demorou muito para que internautas enxergassem semelhança com registros dos ataques à Palestina.
Após o inicio de um boicote virtual, a marca resolveu apagar o editorial das redes sociais e do site. Além disso, uma retratação foi publicada no Instagram, na qual a varejista alegou ter sido apenas um “mal-entendido”. Ainda segundo a Zara, a ação foi planejada em julho e o shooting feito em setembro, antes da eclosão do conflito entre Israel e Hamas.
“Infelizmente, alguns clientes se sentiram ofendidos por essas imagens, as quais já foram removidas, e viram nelas algo muito distante do que era pretendido quando foram criadas”, apontou a etiqueta.
Divulgado nesta terça-feira (12/12), o posicionamento da Zara ocorreu após milhares de compartilhamentos da hashtag #BoycottZara. Na web, internautas ainda debatem se a ação possui de fato uma ligação com a temática de guerra.