metropoles.com

Victoria’s Secret deve rescisão milionária a funcionários demitidos

Uma das fornecedoras da grife encerrou as atividades durante a pandemia. Organizações trabalhistas lutam por salários pendentes

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Artur Widak/NurPhoto via Getty Images
Homem branco colando adesivo em vitrine de loja
1 de 1 Homem branco colando adesivo em vitrine de loja - Foto: Artur Widak/NurPhoto via Getty Images

Grandes etiquetas de moda íntima, como a Victoria’s Secret, Torrid e Lane Bryant, produziam peças das coleções na fábrica Brilliant Alliance Thai Global Ltd (BAT), localizada na Tailândia, no sudeste da Ásia. A confecção, entretanto, encerrou as atividades em março de 2021 e demitiu todos os funcionários. De lá para cá, grupos trabalhistas lançaram a campanha #PayYourWorkers (Pague Seus Trabalhadores, em tradução livre), cobrando as marcas de moda a pagar os salários e as rescisões trabalhistas exigidas pelo governo tailandês.

Vem saber mais!

Giphy/Victorias Dirty Secret/Reprodução
(Segredo Sujo da Victoria, em tradução livre)

Ao fechar as portas da fábrica no ano passado, a Brilliant Alliance demitiu todos os 1.388 funcionários, sem aviso prévio. A empresa também se negou a pagar os US$ 8,5 milhões em indenizações, segundo o Worker Rights Consortium (WRC), organização norte-americana independente que zela pelos direitos trabalhistas.

De acordo com o WRC, muitos dos trabalhadores dispensados costuram lingeries para a Victoria’s Secret há cerca de 15 anos. No entanto, nenhuma das marcas que eram clientes da confecção se posicionaram. Após protestos dos ex-funcionários, o governo tailandês ordenou que a empresa pagasse a indenização integralmente, no prazo de 30 dias após o fechamento, conforme exige a lei.

Em média, a empresa deve a cada trabalhador US$ 6.500, o equivalente a mais de dois anos de salário para um funcionário na indústria do vestuário tailandês. De olho nas cobranças, o site Victoria’s Dirty Secret (Segredo Sujo da Victoria) foi criado. A plataforma presta informações sobre o caso e incentiva o público a cobrar das etiquetas de moda uma resposta e a rescisão integral dos pagamentos.

Grupo protesta em frente à loja da Victoria's Secret
Em março do ano passado, a fábrica tailandesa Brilliant Alliance Thai Global Ltd. foi fechada

 

Grupo de trabalhadores protestam em frente a fábrica
A empresa produzia lingeries para gigantes do mercado, como a Victoria’s Secret

 

Grupo protesta em frente a fábrica
Com o fechamento das portas, 1.388 funcionários foram demitidos

 

Mulher protesta em frente à loja da Victoria's Secret
Após um ano, os colaboradores ainda não receberam a rescisão exigida pelas leis trabalhistas tailandesas

Por meio de um cadastro, os internautas podem enviar cartas à VS. De acordo com as contagens da plataforma digital, mais de 47 mil mensagens já foram enviadas pelo site. A iniciativa é hospedada na plataforma #PayYourWorkers, que também revela outras marcas com salários inadimplentes durante a pandemia da Covid-19. Entre as labels destacadas, também estão a Nike e a Matalan.

Os trabalhadores continuam lutando pelas indenizações que lhes são devidas, apoiados por seu sindicato e ativistas de todo o mundo, para remediar os pagamentos. Segundo o posicionamento do site, a campanha pede para que as marcas assinem um acordo vinculativo e criem um fundo para garantir que os trabalhadores do setor nunca mais sejam desfalcados dos valores legais quando as fábricas fecharem.

Grupo protesta em frente a fábrica
Os funcionários chegaram a fazer greve quando a fábrica fechou

 

Grupo protesta em frente a fábrica
Ativistas e organizações trabalhistas lançaram o projeto Victoria’s Dirty Secret, para cobrarem um posicionamento das etiquetas de moda

 

Grupo de trabalhadores protestam em frente a fábrica
Até o momento, as labels não se manifestaram

 

Grupo de trabalhadores protestam em frente a fábrica
O público tem cobrado as marcas
Victoria’s Secret

Além da crise econômica, nos últimos anos, a Victoria’s Secret sofreu fortes críticas por não expressar uma diversidade no casting de modelos. Diante das polêmicas, a grife norte-americana anunciou algumas reestruturações. Entre elas, o fechamento de 53 lojas e a suspensão de um desfile em 2019. Sem falar em fatores como quedas de vendas, a forte concorrência e as críticas recorrentes sobre o padrão de beleza sugerido pela label.

Após a venda da marca, a Victoria’s Secret & Co. fez outra movimentação no mercado da moda. A empresa adquiriu a participação minoritária na etiqueta de moda praia Frankies Bikinis. A brand californiana foi lançada em 2012 pela modelo Francesca Aiello.

Em comunicado, o CEO da Victoria’s Secret, Martin Waters, afirmou: “Estamos empolgados com a parceria com Francesca e a equipe da Frankies Bikinis. Ela criou uma marca de moda praia aspiracional e líder de tendências na categoria de moda praia, com espaço para crescer e se estender a novas categorias e atrair novos clientes”.

 

Para outras dicas e novidades sobre o mundo da moda, siga @colunailcamariaestevao no Instagram. Até a próxima!

Colaborou Sabrina Pessoa 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?