Victoria’s Secret anuncia fechamento de 53 lojas neste ano
Em meio a polêmicas, a grife de lingeries sofreu queda de vendas em estabelecimentos físicos no último trimestre de 2018
atualizado
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Depois de enfrentar polêmicas no fim de 2018 sobre falta de representatividade e transfobia, a Victoria’s Secret ainda passa por um período difícil. Neste ano, a grife de lingeries americana vai fechar 53 lojas na América do Norte. A informação vem de um anúncio feito nessa quarta-feira (27/2) pela companhia L Brands, dona da marca.
No quarto trimestre do ano passado, a label sofreu queda de 7% nas vendas em lojas físicas. “Nossos planos de fechamento de lojas aumentaram em 2018, e nós voltamos atrás sobre investir em novos estabelecimentos e remodelação nos últimos anos”, disse o diretor financeiro do grupo, Stuart Burgdoerfer, em conferência na manhã dessa quinta (28).
De acordo com ele, a marca está “mais promocional do que gostaria nos últimos anos”.
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Segundo Burgdoerfer, a decisão veio depois de uma análise dos imóveis no quarto semestre do último ano. Por isso, os planos para 2019 incluem um fechamento maior que o convencional: a grife costuma fechar uma média de 15 estabelecimentos anualmente. Em 2018, foram 30 lojas fechadas, uma quantidade já superior.
O número de lojas encerrando atividades em 2019 representa cerca de 4% de 1.170, informa o WWD. A CNN diz que mais de 950 delas estão nos Estados Unidos. A partir de agora, a etiqueta pretende gerar mais vendas a partir das já existentes.
A grife tem perdido clientes por não se adaptar ao momento de empoderamento feminino, tendo em vista labels como Savage x Fenty e Third Love, que já abraçaram a diversidade de corpos. Como mostram os desfiles anuais, as criações da marca são pensadas para uma mulher alta e magra, que não representa grande parte do público.
Burgdoerfer admite que a grife está atrasada em termos de se atualizar e inovar, levando em conta o sucesso das concorrentes. Ainda na conferência, o diretor financeiro disse que essa será a grande prioridade para 2019. Nos últimos dois anos, mais de 3,8 milhões de clientes migraram para lojas como Amazon e American Eagle.
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Colaborou Hebert Madeira