Victoria’s Secret Fashion Show retorna com pontos altos e baixos
A estreia do desfile no novo formato foi lançada nessa terça-feira (26/9). Apesar da representatividade, a magia da marca deixou a desejar
atualizado
Compartilhar notícia
A marca de lingeries Victoria’s Secret está de volta, mas com as expectativas do público abaladas. Após quatro anos de hiato, o tão aguardado fashion show em formato de documentário foi lançado nessa terça-feira (26/9) no Prime Video. Em vez de um desfile glamoroso com as famosas asas deslumbrantes das angels na passarela, o evento ganhou uma nova identidade, mais diversa. Contudo, o formato já foi visto anteriormente no Savage x Fenty Show, promovido pela cantora e empresária Rihanna.
Vem entender melhor!
Diversidade não é mais novidade, Victoria’s Secret
Há alguns anos, as marcas perceberam que só o básico não adiantava mais para o público. Era necessário se reinventar e se adaptar aos pedidos de representatividade exigida pela sociedade para então criar uma conexão e vender.
Apesar do novo show da Victoria’s Secret finalmente ser composto por modelos de diferentes corpos, etnias e idades, a diversidade já não é mais novidade — era e é somente o mínimo.
Diferente do que muitos esperavam, a edição World Tour deste ano teve uma pegada mais artística, não tão divertida quanto os clássicos desfiles da marca. Apesar das válidas críticas, as apresentações anteriores tinham uma magia especial com modelos que pareciam de fato verdadeiros anjos na passarela.
Casting e top models
Para gerar um apelo, as modelos mais icônicas da etiqueta, como Adriana Lima, Naomi Campbell e Candice Swanepoel, foram convidadas para participar do comeback. Já Gisele Bündchen esteve presente somente na campanha publicitária da linha Icons da VS.
Além das veteranas, o show apresenta também novos rostos: a brasileira Valentina Sampaio, primeira modelo transgênero a desfilar pela marca; Paloma Elsesser; Emily Ratajkowski; Candice Huffine; Quannah Chasinghorse; entre outras modelos. Um total de 20 mulheres de diferentes partes do mundo participaram do documentário, filmado em países como Espanha, Nigéria, Colômbia, Inglaterra e Japão.
Música
Na frente musical, a rapper Doja Cat assumiu o papel de atração principal deste ano, em mais um formato diferente do que de costume. Em contraste com anos anteriores, nos quais os artistas caminhavam pela passarela enquanto as modelos desfilavam ao redor deles, Doja Cat se apresentou sozinha com lingeries da VS no corpo.
Artistas como Justin Timberlake, Harry Styles e até a própria Rihanna se apresentaram em edições passadas do desfile. O dinamismo do show tinha interação, dança e muito glamour. Agora, um toque mais artístico foi adicionado às performances — o que não é algo ruim, apenas diferente.
O questionamento que fica é se o show como documentário é um acerto para a Victoria’s Secret. A resposta dividiu opiniões na web e despertou uma ampla discussão.
O novo formato visa a inclusão de forma mais consciente, mas, ao mesmo tempo, não foi aplicado da melhor forma e perdeu a atmosfera pop dos desfiles anteriores da marca. A versão atual pareceu forçada na visão do público. A etiqueta norte-americana precisava se reinventar, mas isso poderia ter sido feito de uma maneira mais orgânica e com autenticidade.