Veja a primeira coleção da Versace sob o comando do grupo Michael Kors
Novo trabalho de Donatella, que permaneceu na direção criativa da etiqueta após sua venda, manteve DNA sexy e luxuoso da grife
atualizado
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A apresentação da Versace na Semana de Moda Masculina de Milão, no último sábado (12/1), foi uma clara declaração de Donatella a todos aqueles que tinham dúvidas sobre as criações da marca após ela ser adquirida pela Michael Kors.
A primeira coleção da etiqueta italiana sob o comando do grupo Capri Holding Limited manteve o DNA sexy e ostentador da grife, com um trabalho que reflete a fluidez de gênero e dá novos limites à masculinidade, tanto que a label optou por incluir looks femininos no desfile.
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Logo na abertura do show de outono/inverno 2019, vimos uma homenagem à icônica coleção Miss S&M, de Gianni, lançada em 1992, com cintos e argolas estampados em camisas e camisetas. Um indício de que, apesar da venda, a Versace continuará a vangloriar seu idealizador.
“Eu não sei por que as pessoas acharam que a Versace se tornaria inferior por causa da Michael Kors. É muito importante sublinhar que sempre seremos uma marca de luxo. Não produzimos um item fora da Itália e tenho muito orgulho em dizer isso”, declarou Donatella ao Financial Times.
O preto e o vermelho, que dominaram a primeira parte do desfile, deram lugar ao colorido dos anos 1980. Muito color blocking, alfaiatarias amplas, listras, animal prints e vestidos estilo camisola. Estes, inclusive, foram destaque na coleção, incorporados até mesmo nos looks masculinos.
Entre as novidades do trabalho, destaco o flerte da grife com o universo das lutas (vide os calções e faixas usados no tatame contrastando com blazers e peças de seda) e a ação de marketing com a Ford, um claro aceno ao mercado americano. O streetwear de luxo, mood queridinho da indústria têxtil atualmente, ganhou força com os novos modelos chunky da etiqueta.
Se um leopardo não pode mudar suas manchas, a Versace não pode mudar aquilo que a tornou famosa em todo o mundo. O consumidor da label espera por inovação e glamour, e nisso a marca não pecou.
“Nos anos 1990, a figura masculina era muito específica, mas, desde então, a moda evoluiu dramaticamente. A sociedade de hoje permite a todos maior liberdade de se expressar com suas roupas. O que eu queria mostrar nesta coleção são as diferentes facetas de um homem que ganhou uma coragem que antes não tinha. Os homens de hoje são ousados”, explicou Donatella à revista i-D.
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Colaborou Danillo Costa