Veja a excentricidade dos primeiros desfiles da alta-costura de Paris
Givenchy, Iris van Herpen e Schiaparelli trouxeram vibe animalesca, referências clássicas e muita tecnologia para as passarelas. Vem comigo!
atualizado
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Após temporada recheada de tendências para o público masculino, com o primeiro show de Virgil Abloh para Louis Vuitton, seguido de Kim Jones para a Dior, o calendário oficial da moda volta o olhar para os desfiles de alta-costura. Ao contrário do que acontece em coleções convencionais, o requinte do couture, apresentado duas vezes por ano, em janeiro e julho, é uma especialidade parisiense.
Embora dezenas de marcas estejam presentes no cronograma oficial, são os desfiles das grandes labels que continuam chamando atenção dos fashionistas de plantão. A semana de moda parisiense, iniciada no último domingo, definitivamente terá grandes surpresas até a próxima quarta-feira (4/7). Para começar, veja os highlights de Givenchy, Iris van Herpen e Schiaparelli.
Vem comigo!
Givenchy
Clare Waight Keller vem mostrando que o legado de Hubert de Givenchy é mais extenso do que imaginávamos. Com a morte do fundador da casa, em março de 2018, a ideia da diretora criativa de prestar um tributo aos admiradores da marca deu origem a uma coleção fascinante.
A mistura de fragilidade e robustez pôde ser vista nos ombros arrojados que complementavam vestidos fluidos. Além disso, a força da mulher, projetada sobretudo em armaduras e peças estruturadas, foi sutilmente harmonizada com outros elementos mais delicados, como sobreposições de penas e veludo.
Outro destaque fica por conta dos recortes criativos — alinhados à ideia de sofisticação proposta por Hubert de Givenchy e que conquistaram a musa do cinema Audrey Hepburn. Falando nela, a trilha final do desfile foi Moon River, música cantada pela atriz no clássico filme Bonequinha de Luxo.
Iris van Herpen
Iris van Herpen pouco a pouco conquista nossos corações como uma das criadoras mais talentosas e visionárias da moda. O design arquitetônico ganhou notoriedade nos últimos meses quando ela vestiu Solange Knowles num visual dark para o MET Gala e Cate Blanchett para o Festival de Cannes.
Todo o formato geométrico dos tecidos cortados a laser foi inspirado nas fotos (que mais parecem pinturas em óleo) de Thierry Bornier e Andy Yeung. Além disso, a concepção frágil das peças faz alusão à arte do holandês Peter Gentenaar, com pitadas de referências à natureza.
“Como ex-dançarina, a transformação dentro do movimento me hipnotizou. Para esta coleção, observei atentamente as minúcias do voo das aves e as intrincadas formas ecoadas por meio do movimento delas”, explicou a designer.
https://youtu.be/yooC88vQkzU
Schiaparelli
Schiaparelli foi a responsável por trazer um show animalesco à passarela. Em desfile realizado nessa segunda-feira (2), a marca, comandada por Bertrand Guyon, viajou fundo no DNA surrealista e caprichou na ode à natureza.
Assim como aconteceu na Givenchy, o mergulho nos arquivos da marca foi o agente potencializador das referências. Vestidos drapeados e jaquetas ajustadas cheias de detalhes misturavam-se a estampas de animal print e elementos que simbolizam a assinatura da marca, como a borboleta.
Cabeças douradas de coelho, de cachorro e até uma máscara de flamingo também marcaram presença na passarela, que apresentou uma homenagem à fundadora no look final. Ao ver a variedade de produções, é possível notar, mais uma vez, como Schiaparelli vai além da estampa de lagosta desenhada por Salvador Dali.
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