“Fazer das tripas coração” é ressignificar; converter a rejeição em poder, fraqueza em força. Um grupo de artistas de Brasília se uniu em um projeto cuja narrativa fala justamente dessa transformação. Por meio da moda, da fotografia e de outras formas de expressão, a iniciativa Tripas Coração é autoral, com um toque utópico e cheio de paixão.

Vem conhecer!

Tripas Coração na cena brasiliense

Idealizado por LUA, diretora de arte que vem construindo portfólio na cena local, o projeto teve seis meses de criação. Na última quinta-feira (14/12), foi apresentado ao público no Mimo Bar, na Asa Norte. “Queria muito fazer algo mesclando as cores primárias vermelha e azul. Levei o insight inicial para meu parceiro Luiz Ferrera, e a partir daí, tudo foi possível”, conta LUA.

A artista explica que a ideia foi construir, em parceria com a modelo e influencer Barb Sclocco, uma persona poderosa e vingativa, que ressurge forte de um período doloroso e traiçoeiro. O conceito nasceu a partir do styling de Dagah, da maquiagem de Acted Boy, e do penteado de Aiyla Moura.

O projeto dirigido por LUA e Luiz Ferrera é composto por um filme, com trilha sonora de Data Assault, e uma zine, revista com todas as fotos, textos e imagens do processo de criação. A narrativa visual consiste no enredo de uma pessoa autossuficiente que emergiu de um período de desilusão.

O artista Gu da Cei expressou a mensagem por meio de um texto que sintetiza o projeto: “Tripas Coração incendeia. Deixa flores em cada dilema que atravessa. Brota. Desfila com graça e se vinga com beleza. Cada pétala caída é uma ideia no caminho. Derruba o embaraço e sacrifica para continuar vivendo”, apresentou.

Tripas Coração é um exemplo da arte underground brasiliense que ganha força pela maestria na realização. Trata-se de uma narrativa de paixão, assim como a relação dos envolvidos com a arte. Ao mesclar moda e fotografia, o projeto não apenas ressignifica a dor, mas também ilumina o caminho para potências da capital.