Trabalho escravo: moda é o segundo setor que mais explora pessoas
Segundo pesquisa divulgada pela fundação Walk Free, a produção de roupas só fica atrás do ramo de tecnologia, no uso de trabalho forçado
atualizado
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Comprar roupas pode ser uma forma de investir na autoestima e, para alguns, representa até um momento terapêutico. No entanto, pouco se fala sobre a origem dos produtos comercializados. Grande parte dos itens é feita às custas de trabalho escravo e, muitas vezes, o consumidor não imagina ou não se importa com o que houve antes de obter a mercadoria final.
Segundo a pesquisa The Global Slavery Index 2018, da fundação Walk Free, divulgada recentemente, a moda é a segunda categoria de exportação que mais explora o trabalho forçado.
Na escravidão moderna, as vítimas trabalham em condições precárias e recebem valores indevidos. De acordo com o estudo, cerca de 40,3 milhões de pessoas estão nessa situação, das quais 71% são mulheres. No mundo, 24,9 milhões de indivíduos exercem profissões forçadamente.
A moda fica atrás apenas do setor de tecnologia, no ranking de exploração. Em seguida, aparecem os ramos de cana-de-açúcar, peixe e cacau. A estatística foi desenvolvida em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização Internacional de Migração (OIM).
O índice também mostra que as empresas envolvidas movimentam cerca de US$ 354 bilhões em exportação para os países do G20 – o grupo constituído por ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo e da União Europeia.
Fundação Walk Free
A Walk Free foi criada com o objetivo de buscar informações e gerar dados sobre a escravidão moderna. Além disso, a instituição impulsiona ações de mudança nas legislações dos principais países, em prol de punições mais duras para quem explora mão de obra forçada.
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Colaborou Rebeca Ligabue