Todas as curiosidades sobre a exposição Leather Forever, da Hermès
Veja de perto a trajetória da casa francesa contada por meio de sua matéria-prima mais especial: o couro. Vem comigo!
atualizado
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Paralelamente ao São Paulo Fashion Week, a capital paulista sempre oferece o que existe de melhor para os amantes do mundo da moda. Prova disso é que a exposição Leather Forever, da Hermès, recebeu milhares de convidados neste último mês. Eles puderam conhecer um pouco sobre o couro da marca, primeiro material trabalhado pela casa.
A exposição leva o visitante a uma jornada passional, explorando o amor da grife francesa pela matéria-prima, apresentando itens do passado da marca, edições de luxo, últimas criações e muitos acessórios raros até então nunca vistos pelo público.
A mostra chegou ao fim no domingo (22/4), mas, para quem não teve tempo de conhecê-la, aqui vai um pequeno roteiro guiado.
Quer saber mais sobre essa história? Então, vem comigo.
Thierry Hermès fundou a famosa casa francesa expert na produção de couro em 1837. Desde então, o material protagonista de bolsas, malas e carteiras de desejo universal vem conquistando cada dia mais admiradores.
Na primeira parte da seção, deparamo-nos com a ideia bruta do couro. A concepção da sala de entrada é mostrar como o processo começa em uma linha de produção que irá desenvolver itens luxuosos.
É por meio da manipulação dos melhores couros – escolhidos, cortados, costurados e polidos por hábeis experts – que seis gerações aprenderam e passaram adiante os valores perfeccionistas da Hèrmes.
No centro da mostra, uma mesa demonstra como funciona a criação de bolsas. Com o toque de um dedo, o projetor revela como ficará o recorte de uma icônica Constanze, uma charmosa Kelly e, ainda, uma prática Bolide.
A curiosidade aqui é mostrar como eles usam o centro do couro para criar o molde da bolsa. As extremidades são empregadas nas peças menores, como carteiras; enquanto as bordas, de qualidade inferior, são utilizadas para visual merchandising (como itens de vitrine). Nenhuma parte é desaproveitada.
Na segunda, sala chamada de A Pátina do Tempo, são mostradas peças clássicas ainda do começo da marca. A intenção é fazer o visitante perceber como um simples material, trabalhado com cuidado, pode vencer as barreiras do tempo e continuar com charme atual. Além disso, é interessante notar como ideias de design de bolsas tão antigas podem ser reinventadas num estalar de dedos.
Outro espaço que merece destaque é a sala com itens produzidos a partir de encomendas especiais. Além de uma sela alada, clientes de alto escalão da marca também já pediram um corpete Galuchat, bolsas com temáticas infantis e surrealistas, e até uma luva de beiseball produzida com o couro Hermès. Isso sem falar no carrinho de mão feito em 1949, com acabamento envernizado. O objeto inusitado pertenceu à Wallis Simpson, Duquesa de Windsor.
O labirinto misterioso que leva às próximas salas mostra bolsas célebres e os modelos mais conhecidos do público antenado em moda e outras curiosidades. Cofres, kit de viagem, baús e até uma Kelly numa pegada piquenique aparecem na seleção.
Além do mais, nessa área é possível conferir como são feitos os famosos fechos das bags. Pequenas luzes projetadas estrategicamente nos itens revelam como até os pequenos detalhes são pensados para chamar a atenção dos compradores.
Vale lembrar que, no meio disso tudo, também passamos pela mascote da marca: uma rinoceronte de fibra de vidro em couro de avestruz, com acabamentos em madrepérola e em ouro. O item fez parte de uma das vitrines da loja da grife em Paris.
O cavalo também é uma figura emblemática na casa francesa. Tanto que o primeiro sucesso comercial da Hermès foi com o mercado equestre. Numa oficina de arreios, Thierry Hermès e seus artesãos trabalharam para assegurar que os cavalos nos endereços nobres de Paris fossem equipados de forma segura.
A curiosidade fica por conta de acessórios criativos que poderiam ser utilizados facilmente numa semana de moda, mas, na realidade, serviam para guardar a ração dos animais.
Ao final, uma grande estante com modelos clássicos da Hèrmes finaliza a exposição. Dentro da estrutura, variações das bolsas Kelly e Birkin, feitas por artistas que se inspiraram nos valores atemporais e modernos da marca para desenvolver visuais singulares, divertidos e cheios de personalidade.
A ideia de “preciosidade” é tão sagrada, que as bolsas ficam um pouco mais distante do público. Uma experiência inesquecível, proporcionada pelo Shopping Iguatemi São Paulo.
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