Tie-dye 2020: veja como fazer a estampa do momento de maneira sustentável
A padronagem é a aposta da temporada e pode ser reproduzida em casa de forma econômica e ecológica
atualizado
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Uma tendência que estava retornando com timidez ganhou maior destaque durante a pandemia: o tie-dye. Os padrões coloridos com formas únicas estão garantindo espaço no universo fashion . Apesar do mood hippie, a técnica de estamparia é milenar e pode ser reproduzida em casa sem muito mistério. Além de ressignificar peças de roupas que estão paradas no closet, a atividade entra na lista de afazeres relaxantes no período de isolamento.
Vem comigo saber o passo a passo!
Em versões mais sofisticadas, o tie-dye teve seu retorno triunfal ao ser adotado por celebridades. O visual psicodélico foi a peça-chave nos looks de Rihanna, Taylor Swift, Justin Bieber e grande protagonista nas produções da modelo Gigi Hadid. A estampa também imperou nas passarelas com maestria nos desfiles da Prada e Stella McCartney, durante as semanas de moda de 2019.
O que precisa
Após as reaparições nas produções de celebs, peças de roupas e acessórios com a estampa lotaram as prateleiras das lojas mundo afora. Em tempo de coronavírus, e enquanto a moda desacelera o ritmo de produção, uma boa alternativa é reproduzir a técnica em casa, de forma ecológica.
O objetivo é dar um novo ar aos itens que estão encostados no armário, principalmente nos que seriam descartados por estarem manchados. Ainda no mood sustentável, economizar água e evitar produtos químicos que poluam o meio ambiente é um passo ideal. Para fazer o modismo do momento, você vai precisar de:
– Camisetas ou peças de algodão;
– Tintas de tecido ecológicas ou à base de água;
– Barbante ou elásticos;
– Água;
– Jornais;
– Par de luvas que possam ser reaproveitadas.
Como fazer
O primeiro passo para confeccionar a própria peça tie-dye é separar uma t-shirt branca ou em tom claro. Moletons, calças de malha e até meias também podem ser elencadas para serem personalizadas. O recomendado é criar uma nova finalidade aos itens que estão guardados.
Depois de selecionar a peça de roupa, será necessário separar elásticos de borracha ou barbante, que também pode auxiliar na amarração do tecido. Separar os papéis para forrar o local e a utilização de luvas durante o procedimento é ideal para proteger as mãos dos pigmentos.
Para começar a preparação do tecido, dobras deverão ser feitas. A técnica permite diversas formas de desenho, dependendo da amarração que for criada. Franzir a roupa na vertical ou horizontal irá resultar em um tie-dye listrado. Pegar uma das mangas e ir girando a peça no sentido horário, proporcionará aquele clássico formato sem muitas direções. Quando estiver satisfeito quanto ao design, basta usar os elásticos ou barbante para prender a peça no formato desejado.
Cores
Tintas para tecido à base de água ou biodegradáveis são recomendadas para o processo. Elas auxiliam a preservação da natureza, evitando a contaminação de rios e oceanos com produtos químicos.
A parte da coloração é livre, basta soltar a imaginação e separar as cores ideais. Quem quiser fugir do multicolorido pode optar por apenas um tom na peça. Combinações de duas a três cores também são uma boa opção e, aos mais ousados, é possivel misturar até cinco ou mais tons. É recomendado seguir um padrão nas tonalidades. Por exemplo, só neons vibrantes.
Após separar as cores, é a hora de pegar os recipientes, colocar a tinta e ir adicionando água até chegar no tom de cor ideal. Para os que desejam os pastéis e mais claros, basta diluir com mais água.
Em seguida, é só colocar a roupa amarrada sobre um jornal e ir despejando as cores aos poucos. Quem optar por utilizar mais de uma tonalidade vai perceber que o tingimento mistura as tintas, criando padrões exclusivos.
Para finalizar, retire as amarrações e estenda a peça no varal. Após secar, de preferência sob o sol, o novo modelito está pronto para o uso. Os resíduos de tinta também podem ser despejados sob o jornal ou na areia. Após evaporar a água, é recomendado o descarte de ambos em lixo seco.
História
Símbolo de liberdade e revoluções sociais, a técnica de estamparia manual é uma das mais antigas do mundo. As primeiras variações do tie-dye surgiram na Índia, por volta de 4.000 a.C. Também existem registros do seu uso desde o século 6 no Oriente Médio. Ao decorrer da história, o processo de amarrar tecidos e tingir foi aprimorado e adaptado aos padrões culturais e artísticos de cada região.
A arte do tingimento foi descoberta pelos africanos, ao extrair pigmentos da natureza, como plantas, sementes e frutos, para a coloração dos tecidos. A partir do período das grandes navegações, demais países foram apresentados ao tingimento de tecidos graças aos intercâmbios culturais.
O conhecimento adquirido durante décadas e a rica história dos tingimentos acompanharam o desenvolvimento cultural em diversos cenários da sociedade. Nas décadas de 1960 e 1970, o tie-dye se misturou ao movimento hippie dos Estados Unidos.
Carregando ideologias de paz, amor e a liberdade, a era foi propagada por grandes músicos, como Janis Joplin e Jimmy Hendricks. Na época, os Beatles eternizaram o lema All you need is love (tudo que você precisa é amor, em tradução livre).
Nos anos 1990, a padronagem colorida nas cores psicodélicas surge com as festas rave e foi adotada pelos clubbers. O movimento é caracterizado pela moda colorida, marcada pela presença do tie-dye, cores neons e o furta-cor.
Atualmente, o padrão manchado com referência nostálgica ressurge e está confirmado para mais uma temporada. Confira, na galeria, sugestões de looks com a tendência queridinha do momento:
Colaborou Sabrina Pessoa