Tecido que imita pele de cobra ou crocodilo ganha força na primavera
As grifes Tom Ford, Burberry e Natasha Zinko investiram em versões sintéticas por causa da proteção ao meio ambiente
atualizado
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Matar animais para fazer casacos, bolsas, sapatos e outros acessórios é coisa do passado. Após a onda faux fur – casacos imitando pele –, a moda aposta em tecidos e texturas que substituem a escama de cobra e o couro de crocodilo. Eu adorei a ideia: nada melhor do que ter estilo e priorizar o meio ambiente. Enquanto algumas marcas, como a Prada e a Fendi, ignoram essa demanda e desconsideram as ONGs atuantes em prol da causa, vários consumidores investem apenas em empresas ecologicamente corretas.
Anteriormente, Michael Kors, Ralph Lauren, Stella McCartney, Calvin Klein e Versace já haviam aderido ao movimento fur free. Nesta temporada, a Semana de Moda de Londres, seguindo uma recomendação do Conselho de Moda Britânico, aboliu por completo o uso de pele animal. Inclusive, a Burberry investiu no faux croco.
Em Nova York, Tom Ford introduziu a ideia em casacos e acessórios que imitam couro de crocodilo e o resultado foi um sucesso. Natasha Zinko e Off-White apostaram no snakeskin.
Vem comigo conferir!
Tom Ford
Para a primavera/verão 2019, Tom Ford apostou em itens com a textura de crocodilo: saias lápis, jaquetas, blazers e bolsas. O material apareceu em cores como preto, verde-musgo e rosa acinzentado.
Natasha Zinko
Na passarela de Natasha Zinko durante a Semana de Moda de Londres, o snakeskin foi usado em looks com tons leves. A padronagem apareceu em itens como jaqueta e calça.
Burberry
No primeiro desfile de Riccardo Tisci para a Burberry, o estilista misturou peças clássicas com uma vibe vintage. A estampa de crocodilo foi usada em um trench coat e a de vaca em outras peças.
Off-White
A padronagem da pele de cobra veio com o glamour street da Off-White em tom de verde-neon. Em algumas peças, Virgil Abloh investiu na textura para o toque ainda mais fiel.
As atitudes conscientes e sustentáveis devem ser reconhecidas e usadas como exemplo. Os materiais sintéticos são uma boa opção para quem curte a estética da pele animal, mas não quer agredi-los. De acordo com a People for the Ethical Treatment of Animals (Peta), mais de 300 labels já deixaram de usar o mohair, um tecido macio criado com pelo de cabra.
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